O mercado de celulares aqui no Brasil é dividido em diversas faixas. Primariamente elas se dividem em aparelhos de entrada (os mais baratinhos), os intermediários (a maioria do mercado tá aqui) e os premiums ou flagships que sãos os mais caros e atingem uma faixa muito específica do mercado.

Aí para cada uma dessas faixas você vai encontrar pelo menos 3 sub faixas. Então olhando só os intermediários a gente pode ter intermediário de entrada, intermediário/intermediário, e intermediário premium.

Já para cada faixa dessas 9 faixas há uma briga diferente de marcas. E é no mercado intermediário que a briga está ficando boa.

Por muito tempo algumas marcas nadaram nesse mercado de forma hegemônica: Samsung, Apple e Motorola. Aqui também entra a Xiaomi, porém eu arriscaria dizer que a venda deles pelo mercado cinza é maior (a Xiaomi aqui no Brasil tem uma operação “oficial”, mas que concorre com as vendas no mercado paralelo e compras em sites internacionais), por conta disso fica difícil comparar com as demais marcas, mas também não dá para negar a existência.

Tem ainda outras marcas mais inexpressivas quem nem compensa colocar nessa pista.

Mas essa hegemonia de uma maneira geral também fez as marcas serem mais acomodadas e tem um motivo para isso: são marcas consolidadas na cabeça do consumidor. E é muito difícil para uma nova marca entrar nesse bolo, justamente por conta disso.

Há uma clara barreira.

Aí recentemente a OPPO que já operava no Brasil, mas na minha visão de um jeito muito modesto, resolveu dizer a que a veio (vocês acompanharam aqui no meu feed) e deve em breve dar dor de cabeça nesse segmento intermediário e fará provavelmente o mercado concorrente se mexer. O carro deles já está rodando o mais rápido possível e parecia que a briga ficaria boa só aqui.

E aí vem a JOVI (ou a “vivo Mobile”).

Essa semana a maior fabricante de celulares da China anunciou sua chegada ao Brasil. A “vivo” se destacou ao desbancar marcas como Huawei, Apple e Samsung na China, alcançando o posto de maior vendedora de smartphones no país em 2024, com cerca de 18% do mercado no último trimestre daquele ano.

Para não conflitar com a Vivo empresa de telecom, optou provavelmente por usar a marca JOVI. O que já vem com um primeiro desafio que é trabalhar uma marca nova e também em tese não vai conseguir aproveitar o patrocínio de eventos globais, tais como os esportivos, onde já é possível ver placas com a marca chinesa nas laterais dos campos e quadras.

Ao que tudo indica já foi homologado na Anatel o Jovi V50 Lite 5G, que promete especificações robustas. E a penetração deles vai depender do quanto estão dispostos proporcionalmente a investir pesado em ações de marketing para conseguir seu lugar nesse podium. É um jogo bem caro e para poucos.

🏆 E você trocaria sua marca de celular atual por uma entrante? O que faria você mudar?