Atrons aposta em IA generativa e mira crescimento de até 500% após aquisição

junho 24, 2025 Armindo

A Atrons, empresa brasileira especializada em hiperautomação, anunciou a venda de 70% de seu capital para um grupo de empresários com histórico no setor de tecnologia. Avaliada em mais de R$ 20 milhões, a empresa inicia uma nova fase com foco no modelo BTO (Business Technology Outsourcing), com a inteligência artificial generativa (GenAI) como núcleo estratégico das operações.

Sob a liderança de Guilherme Lousada (CEO) e Erika Veggi (COO), a Atrons propõe uma mudança no papel da IA dentro das organizações. “A IA muda tudo: cultura, processos e modelos de negócio. Nesse contexto, a Atrons chega para ser uma ponte entre tecnologia de ponta e conhecimento de negócio aplicado”, afirma Lousada.

Diferente do modelo tradicional de BPO (Business Process Outsourcing), o conceito de BTO adotado pela empresa combina tecnologia, inteligência de processos e especialização por setor, com foco em resultados e não apenas em execução de tarefas. “Atendemos desde a camada operacional até a executiva e promovemos uma transformação cultural completa”, explica Erika Veggi.

O novo posicionamento da Atrons surge em meio à crescente adoção da inteligência artificial no mercado corporativo. Estimativas da IDC indicam que, para cada US$ 1 investido em IA, é possível obter até US$ 8 de retorno. A GenAI, segundo estudos, pode adicionar até US$ 10 trilhões à economia global na próxima década.

A personalização das soluções e a governança de dados são alguns dos diferenciais da Atrons. A empresa também adota princípios do conceito japonês “Mottainai”, priorizando a eliminação de desperdícios operacionais, de tempo e de recursos.

Com modelo de trabalho remoto e foco na inclusão, a Atrons busca fortalecer uma cultura organizacional diversa e orientada por inovação. A meta da companhia é crescer entre 300% e 500% em 2025 e iniciar sua expansão internacional, com foco em América Latina e Europa.

“A Atrons será o nosso próximo grande case de sucesso no mercado de tecnologia”, conclui Lousada.