A eficiência energética como um dos principais impulsionadores da inovação
No cenário atual de mudanças climáticas, cabe a reflexão sobre nosso impacto no meio ambiente. Na era digital, as atividades diárias mediadas pela tecnologia também implicam em um custo significativo de energia, que muitas vezes não levamos em conta.
A interação com a tecnologia está aumentando e, consequentemente, esse aumento levou a um crescimento considerável na demanda global de energia. De acordo com um estudo recente da Agência Internacional de Energia (IEA), espera-se que a demanda global de eletricidade aumente em um ritmo mais rápido nos próximos três anos, com um crescimento médio anual de 3,4% até 2026. Esse crescimento no consumo está diretamente relacionado às emissões de gases de efeito estufa e às mudanças climáticas.
“Embora se possa imaginar que esse impacto negativo sobre o meio ambiente ocorra apenas em grandes indústrias e em maior escala, a realidade é que toda ação digital, desde uma simples pesquisa na internet em um dispositivo móvel até o uso de inteligência artificial (IA), requer a operação de data centers e servidores que consomem energia para processar e armazenar as informações”, explica Sergio Santo, diretor geral da AMD Brasil.
Os data centers são importantes impulsionadores do crescimento da demanda de eletricidade. O mesmo relatório da AIE indica que seu consumo total até 2026 pode ser equivalente ao consumo de eletricidade de todo o Japão. A IA, por sua vez, tornou-se um componente essencial para muitos usos e aplicativos, mas é fundamental reconhecer que há um custo considerável para executá-la: os processos de aprendizado de máquina e as redes neurais fundamentais para seu funcionamento envolvem operações complexas que exigem alto desempenho de hardware.
Com isso em mente, cresce a necessidade de otimizar o consumo de energia dos sistemas com suporte de IA. Um chip eficiente pode executar tarefas complexas com menor consumo de energia, o que não apenas reduz a geração de energia, mas também diminui os custos operacionais para usuários e empresas. Nesse sentido, a pesquisa contínua sobre métodos de resfriamento também desempenha um papel importante na busca por soluções que proporcionem bom desempenho e sustentabilidade.
Empresas, como a AMD, precisam ter uma abordagem multifacetada na criação de soluções eficientes em termos de energia. “Visamos abordar de forma abrangente o design para otimização de energia por meio de arquitetura, conectividade e software. Isso nos permite ter uma ampla oferta de soluções, desde dispositivos e usuários finais até a borda e a nuvem, liderando em cargas de trabalho de IA e computação adaptativa e de alto desempenho”, explica Santos.
A inovação em tecnologia deve se concentrar não apenas em atingir o desempenho ideal, mas também em fazê-lo de forma responsável, preservando os recursos naturais e minimizando os riscos ao meio ambiente. “Nesse contexto inovador, estamos constantemente incorporando novas ferramentas digitais em nossas rotinas, por isso acredito que falar sobre como podemos ter um impacto sustentável no meio ambiente não é mais apenas uma questão de conscientização, mas uma necessidade de agir”, conclui o executivo.
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