“Beetlejuice 2” mostra crise criativa da Warner Bros no cinema em trama que não se sustenta só pela nostalgia.
Quem cresceu nos anos 80 e 90 com o fantasma travesso de Tim Burton certamente sentiu um frio na espinha ao ouvir falar da sequência. A expectativa era alta: reencontrar Lydia Deetz, reviver os momentos macabros e divertidos do original… Mas a realidade é bem diferente.
Beetlejuice 2 é uma tentativa frustrada de capitalizar a nostalgia, entregando um filme que mais assusta pela sua mediocridade do que por qualquer elemento sobrenatural. A trama se arrasta, os personagens são caricatos e nem mesmo a direção sempre brilhante e diferenciada de Tim Burton parece salvar, esse filme que deve no máximo valer a pena assistir em casa quando chegar no pacote de streaming.
Para quem amava o original, a dica é: relembre os bons momentos e deixe a nostalgia te guiar. Mas se você está em busca de um filme que te surpreenda e divirta, é melhor esperar pelo streaming ou procurar outras opções.”
A aguardada sequência de “Os Fantasmas Se Divertem” (1988) passou ainda por um adiamento por conta da greve dos roteiristas de Hollywood, que também reflete a tendência de recorrer ao recurso barato da nostalgia. Em um momento em que os estúdios parecem incapazes de criar novos sucessos icônicos, a indústria tem apostado cada vez mais na regravação e em sequências de roteiros antigos de sucesso.
Este fenômeno não apenas revela uma falta de inovação, mas também evidencia uma dependência de fórmulas já testadas, resultando em produções que frequentemente ficam aquém das expectativas, como é o caso de Beetlejuice Beetlejuice.
No fim das contas o lançamento da Warner que chegou no último final de semana no Brasil é uma sequência insatisfatória e mal executada, que não consegue alcançar o brilho do original. Com momentos emocionais sem impacto, o filme não oferece uma experiência memorável e na minha opinião não vale seu investimento no ticket do cinema.
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