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BRUXAS À SOLTA: EM CLIMA DE HALLOWEEN, STAR+ ESTREIA AS TRÊS TEMPORADAS DE “SALEM”

Ambientada no estado de Massachusetts no século 17, “Salem” explora o que de fato inflamou os julgamentos das bruxas na cidade e ousa revelar a obscura verdade sobrenatural, submersa por trás desse período da história americana. O Star+ estreia as três temporadas da série em 27 de outubro.

Criada por Brannon Braga (Jornada nas Estrelas, 24 Horas) e Adam Simon, a série oferece uma versão própria sobre a caça às bruxas em Salem. A história tem início quando John Alden (Shane West) retorna para a cidade após dez anos na guerra, período em que foi capturado pelos índios. Logo ele reencontra Mary Shibley (Janet Montgomery), sua ex-namorada que agora está casada. Para sua surpresa, ele descobre que a cidade está dominada pelo delírio da caça às bruxas, liderada pelo aristocrata Cotton Mather (Seth Gabel).

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As três temporadas de “Salem” estão disponíveis no Star+ e, para entrar no clima da série, confira três curiosidades sobre a cidade com a fama de ‘cidade das bruxas’:

Entenda o caso real das Bruxas de Salem

Tudo começou em fevereiro de 1692, quando a filha de 9 anos do Reverendo de Salem ficou doente, mas ela apresentava sintomas esquisitos: contorcia-se de dor, gritava e alegava estar sendo picada por insetos. O mesmo ocorreu com outras duas crianças de idades próximas. As meninas foram pressionadas por líderes religiosos locais, que atribuíam tudo à obras do diabo e culparam três mulheres pela doença: Tituba, uma escrava; Sarah Good, uma mendiga; e Sarah Osborne, uma idosa pobre. Em março do mesmo ano começou ao julgamento das três e Tituba confessou que recebeu uma visita do diabo e que havia se tornado sua serva, provavelmente por acreditar que isso a livraria da forca, além de ter acusado outras mulheres que estariam tramando contra os puritanos. Ela e as outras (que haviam declarado ser inocentes) foram presas.

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Até maio de 1694 mais de 200 pessoas foram acusadas, 30 pessoas foram consideradas culpadas, entre elas 19 foram executadas por enforcamento (14 mulheres e cinco homens). Um outro homem, Giles Corey, foi pressionado à morte por recusar-se a confessar, e pelo menos cinco pessoas morreram na prisão.

Histeria coletiva
Apesar da lenda, atualmente, o caso das Bruxas de Salem é considerado um exemplo de histeria ou paranoia coletiva. Há também teses, como uma publicada pela psicóloga Linnda Caporael, que atribuem os sintomas esquisitos das crianças a um tipo de fungo que pode ser encontrado no pão e que provoca espasmos musculares, vômitos e alucinações.

Reconhecimento
Após o ocorrido, diversos dos envolvidos reconheceram o erro e admitiram a culpa publicamente. Em 1702, os julgamentos foram considerados ilegais, e nove anos depois a colônia determinou que os nomes dos condenados fossem “limpos”, além de uma recompensa financeira para os herdeiros. Em 1957, o estado de Massachusetts formalmente pediu desculpas pelo ocorrido. Além disso, a Destination Salem, entidade oficial de promoção turística a cidade norte-americana, faz questão de informar em seu site que as 19 pessoas enforcadas em 1692 eram inocentes.

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Turismo
Até hoje Salem é conhecida como Cidade das Bruxas e o turismo da cidade é voltado para esse fato. Entre os passeios oferecidos, a cidade conta com o Witch Dungeon Museum, onde o público pode ver uma encenação dos julgamentos feita por atores profissionais, e Witch History Museum, que relata histórias não muito comentadas sobre aquela época. Já o Bewitched After Dark Walking Tours é um passeio noturno que percorre as ruas da cidade, explicando os detalhes dos julgamentos de 1692 e o Candlelit Ghostly & Graveyard Walking Tour, no qual os turistas visitam lugares supostamente assombrados de Salem, segundo velas.

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