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Cidadãos desenvolvedores: plataformas de baixo código promovem a capacitação de jovens para o mercado de trabalho

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A tecnologia e a educação nunca precisaram estar mais interligadas como nos últimos tempos. Com a inovação crescente em todos os setores da vida cotidiana, a demanda por profissionais de TI se torna um desafio em todos os países. No Brasil, estima-se que o mercado demande cerca de 159 mil profissionais ao ano, de acordo com dados de 2021 da Brasscom. No entanto, a capacidade de formação local é de apenas 53 mil anualmente.  

O investimento em capacitação é um dos pilares do Microsoft Mais Brasil, plano de compromisso da companhia com o desenvolvimento econômico e sustentável do País. Com isso, a companhia possui parcerias com empresas e ONGs para atuar na profissionalização de jovens visando incentivar o início de suas carreiras em tecnologia.  

Um exemplo destas parcerias é a que a empresa tem com o Heber Lopes, diretor da empresa ProNext que atua ativamente na capacitação de jovens profissionais. A companhia que faz parte do ecossistema de parceiros da Microsoft conta com 240 profissionais que visam a implementar soluções para a redução da desigualdade social, além de promover formações a partir de bolsas de estudo com base na oportunidade da realização de trabalho como jovem aprendiz.  

Além disso, o executivo também é presidente da organização sem fins lucrativos MTAC Brasil. A ONG realiza trabalhos de educação para populações com poucas oportunidades de acesso à capacitação especializada para o mercado de trabalho. Também como Most Valuable Professional (MVP) da Microsoft há cerca de 10 anos – um programa global de reconhecimento a profissionais do mercado de tecnologia – e instrutor oficial do LinkedIn, Heber é um exemplo para que outras pessoas possam iniciar suas carreiras no mercado de tecnologia.  

“A tecnologia transformou a minha vida em todos os sentidos. Depois de um tempo atuando na Microsoft, compreendi que a minha missão era a de promover as mesmas oportunidades que eu tive, por meio da minha atuação neste setor, para outros jovens que muitas vezes nem pensam em TI como uma possibilidade. A partir do nosso trabalho, queremos mostrar que é possível e tirar o paradigma de que programar é uma tarefa difícil”, comenta Heber Lopes.  

Geovanna Aguiar (17) e Moisés Sousa (16) são dois exemplos deste engajamento. Moradora da cidade de Boituva no interior de São Paulo, Geovanna conheceu a informática a partir de um curso técnico. Depois, teve a oportunidade de ser aprovada em uma certificação em Power Platform, plataforma de negócios que permite a criação de aplicativos de baixo código (low code) ou nenhum código (no code), o que a possibilitou atuar no desenvolvimento do app Aus Ouvidos de forma voluntária. “O aplicativo disponibiliza atendimento especializado de psicólogos e psicanalistas para pessoas que não têm condições financeiras para arcar com essas despesas. Fico muito feliz de fazer parte deste projeto que une inovação e um trabalho de promoção da saúde mental e bem-estar para as pessoas”, comenta.  

Apresentado na ONU, o projeto Aus Ouvidos foi criado com o Power Apps e já teve mais de mil consultas com psicólogos. O app está disponível em Moçambique, na Itália e nos Estados Unidos, mas a maioria dos atendimentos são provenientes do Brasil, com maior fluxo na Amazônia e nas comunidades da cidade do Rio de Janeiro. 

Já Moisés, morador da cidade de Jacareí (SP), chegou até a ProNext depois de ganhar uma bolsa de estudos para o ensino técnico. “Inicialmente pensei que seria uma ótima oportunidade para o meu currículo, mas atuar com a empresa me permitiu ir além, tirar a certificação e trabalhar no desenvolvimento de um aplicativo de gerenciamento para igrejas e congregações da minha região”, diz Moisés.  

Instituições de terceiro setor costumam ter o desafio de organizar mão de obra voluntária que muitas vezes pode ser volátil. No caso das casas religiosas, que serão beneficiadas pelo app em desenvolvimento com o auxílio do Moisés, elas poderão centralizar em um só local as suas necessidades para que todas as pessoas que nela atuam possam estar cientes das demandas como manutenção e sugestões de acessibilidade, e tomarem iniciativas solucioná-las.  

Como parte do processo de programação dos aplicativos, ambos os estudantes participaram da concepção da ideia, prototipação e produção. E, por se tratar de uma plataforma que conta pouco ou nenhum código, facilitou a finalização dos projetos e fez com que os alunos vislumbrassem um futuro na carreira tecnológica muito mais próximo do que imaginavam. “Vi que não eram necessários conhecimentos avançados em programação para a construção de um aplicativo, isso ampliou a minha visão com relação à tecnologia e o seu potencial de impacto a partir da facilidade de criar inúmeras coisas”, comenta Geovanna. 

Segundo Marcondes Farias, diretor de produto de Dynamics 365 e Power Platform da Microsoft Brasil, a plataforma é uma forma de democratizar o acesso e incentivar que mais pessoas sejam “cidadãos desenvolvedores”. “A tecnologia reinventa a si mesma tornando-se mais simples e acessível para que possamos promover a inclusão de todas as pessoas no mercado de trabalho, sanar o gap de profissionais do setor e continuar seguindo nos trilhos da inovação para um futuro mais inteligente, igualitário e sustentável”, diz o executivo.

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