Como aprender programação mudou minha vida
Essa é uma história bem antiga e já pra deixar claro mesmo não programando mais hoje, sei que tudo isso lá atrás me ajudou aqui na frente.
Eu estudei o ensino fundamental no Colégio São José em São Bernardo do Campo e lá pelos idos da década de 80 a escola começou a oferecer cursos de programação numa linguagem chamada Basic, em computadores MSX. Sim, é algo bem antigo!
este é o tataravô do seu computador
Não era uma época de facilidades. Apesar do Basic ser bem simples, era uma tela preta e códigos escritos em verde e só. Mas por incrível que pareça lembro do meu primeiro programa:
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10 Print “Armindo”
20 go to 10
Isso basicamente criava um looping infinito de Armindos escritos na tela até você interromper o programa. Mas não era só isso: a gente aprendia operadores matemáticos e o funcionamento dos computadores. Então, desde meus 10 anos, eu era um nerd de carteirinha. Comecei a dar aula de informática muito cedo (com uns 15 anos de idade já ensinava DOS).
Quando a internet surgiu, não demorou muito para aprender os primeiros códigos de HTML. A gente tinha que escrever os acentos na mão. Mas aí, ao invés de entrar na faculdade de Ciências da Computação, resolvi fazer Jornalismo. E não foi uma má escolha.
Como eu era um estudante de jornalismo com conhecimento avançado em informática, passei a estagiar na afiliada da Globo de São José dos Campos, para trabalhar no portal Evanguarda.com (uma espécie de avô do G1 – era o ano 2000). Depois acabei indo para a TV, por onde fiquei por quase 7 anos. Foi neste tempo que parei de acompanhar as novas linguagens e o “programês” acabou ficando enferrujado. Hoje, se precisar fazer um ajuste rápido aqui no blog, eu mesmo faço – ou muitas vezes conto com a ajuda de amigos programadores supertalentosos que me ajudam nos momentos mais hard da programação.
Mas, mesmo não sendo um fera nessa área, sei dizer como todo esse aprendizado na infância mudou a minha história. Com a programação eu aprendi raciocínio lógico-matemático e descobri que dominar essas técnicas ajudou a criar o meu mundo de um jeito diferente.
E dias desses conheci o Programaê!, um projeto que ajuda pessoas a aprenderem programação de graça e de uma forma realmente muito simples. Simples mesmo. E se você quiser agora aprender a programar é só ir em http://programae.org.br/. Eu fiz o desafio do Angry Birds e quando menos me dei conta já estava escrevendo meus primeiros códigos no code.org. E o melhor, tudo em português!
O site – que dispõe de várias ferramentas de ensino – também tem planos de aulas completos para incorporar o ensino de programação nas escolas. Se você é professor, conhece algum ou alguma escola, no site há planos de aulas completos e prontos para começar o ensino de programação para os pequenos.
Como sempre falo aqui no blog, se apropriar das novas tecnologias empodera as pessoas e se você estimular o ensino de programação nas escolas vai ajudar nossos jovens a criarem um mundo bem diferente. Ajude a espalhar essa ideia e não deixe de compartilhar nos comentários ali embaixo como a programação ajudou ou pode ajudar você a criar o seu mundo.
Este post é tão verdadeiro quanto familiar: eu mesmo tive um final de infância brincando de Basic (mas meu pai tinha um PC 286, porque havia montado sua empresa em casa). A diferença é que eu, apesar de ter cursado Jornalismo, continuei programador a vida toda. É que o diploma de Jornalismo não me deu emprego e eu acabei indo dar aulas. Acabei publicando livros didáticos. Enfim.
Hoje sou funcionário público. Não volto para o mundo incerto aí fora por nada no mundo. Mas meu “programês” vai enferrujando do mesmo jeito.
E sim. Saber programação muda a forma de a gente pensar. A começar pela constatação de que, se a gente conseguiu construir uma aplicação complexa a partir de NADA, a gente consegue fazer qualquer tarefa que envolva puxar o cérebro além dos limites que a gente acha que ele tem.
O que, no fim das contas, deve ter sido o diferencial quando resolvi começar a fazer concursos.
Fábio que contribuição bacana e obrigado pela visita ao blog e pelo comentário. Programar nos ajuda mesmo quando não programamos não é? Forte abraço!
Oi, Armindo! Seu artigo me fez remexer o baú das memórias…me lembro que fiz um curso de programação Basic também, há “trocentos” anos atrás! Aquele programinha que fazia o nome da gente aparecer na tela inteira, eu tbem fiz! Tinha que levar um gravador e fita K7 pra gravar os programas feitos…que loucura! Porém vi logo que não era a minha praia, e acabei me desligando totalmente disso e fiz publicidade. Lendo seu artigo, me veio a dúvida…talvez se tivesse insistido mais um pouco, poderia ter sentido os benefícios da programação que vc fala…infelizmente pra mim não aconteceu, e hoje sofro as consequências tendo que pedir socorro prá qualquer coisa de informática!
Olá Kátia que história bacana que compartilhou, por aqui. Muito obrigado! E olha se tiver um tempinho dê uma olhada nas ferramentas do Programaê e quem sabe você ainda não aprende em tempo 🙂
Mas eu também vira e mexe peço um help rsrs…
Muito obrigado pela visita ao meu blog e pelo comentário!
abs
Adorei, Armindo! Eu não sei nada de programação, já salvei aqui Programaê e quero chamar meus meninos pra aprenderem comigo (ou me ajudarem, o mais provável rs) Acho que mais pra frente eles vão ter um pouquinhio de programação na escola tb
Obrigada por recomendar o post! beijo
Cynthia que bom que curtiu. Eu também estou tentando (re)aprender.