FEI Desenvolve Sistema de IA para Previsão de Casos de Dengue em São Paulo

Alunos da FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) criaram um projeto que utiliza inteligência artificial para prever o número de casos de dengue no estado de São Paulo. O objetivo da iniciativa é fornecer uma ferramenta para ajudar os gestores públicos no planejamento de recursos, além de oferecer suporte para a conscientização e cuidados com a saúde da população. A solução foi desenvolvida por estudantes do curso de Ciência da Computação, com foco na aplicação de modelos de séries temporais.

O modelo, que usa inteligência artificial para estimar a quantidade de casos de dengue, leva em conta dados históricos e variáveis como temperatura média e precipitação, que são fatores reconhecidos por influenciar o aumento da incidência da doença. “Como a inteligência artificial é algo que os alunos têm contato frequente na FEI e no trabalho, o grupo trabalhou para criar um modelo que usasse a IA para prever a quantidade de casos de dengue, a princípio, no estado de São Paulo. O modelo considerou não apenas dados históricos de casos registrados nos últimos anos, mas também algumas variáveis”, destacou Leila Bergamasco, coordenadora do projeto e do curso de Ciência da Computação.

O desenvolvimento do sistema enfrentou um grande obstáculo: a falta de uma base de dados consolidada. O time teve que lidar com informações dispersas e com diferentes níveis de detalhamento, o que resultou na criação de uma base de dados abrangente e padronizada para garantir a precisão das previsões. “Quando se iniciou o TCC tínhamos acabado de passar pelo surto de dengue e os alunos trouxeram essa motivação inicial de trabalhar com alguma solução computacional que auxiliasse os gestores públicos no planejamento de recursos e suporte à população”, comenta Leila.

Além disso, o modelo incorpora uma abordagem de integração temporal-espacial, considerando não apenas variáveis de tempo como mês e ano, mas também fatores espaciais como a temperatura e a precipitação por município. “Esse trabalho não só viabilizou a aplicação de modelos de IA no projeto, como também gerou um recurso valioso que pode ser compartilhado com outros pesquisadores e estudantes, abrindo caminho para novas descobertas na área de saúde pública e previsões de casos de dengue, algo tão sério no país. A padronização e o nível de detalhamento alcançado são diferenciais que elevam a qualidade das análises e contribuem para um avanço significativo no campo”, finaliza a coordenadora.

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