Geração Z no Brasil atinge 21 milhões de usuários únicos nas redes sociais
As características únicas de cada geração influenciam diretamente em seus padrões de consumo, exigindo uma abordagem personalizada para que sejam alcançadas de forma efetiva no ambiente digital. Para investigar essas questões, a Comscore realizou uma pesquisa que examina a Geração Z no Brasil, revelando como esse grupo de pessoas de 18 a 24 anos gera e consome conteúdo nas redes sociais, e como se relaciona com as diferentes categorias de consumo.
De acordo com a análise, de janeiro de 2022 a maio de 2023, a Gen Z no Brasil somou 21 milhões de usuários únicos nas redes, chegando a registrar 126 milhões de minutos consumidos na internet em maio deste ano. Entre as plataformas preferidas desses usuários, o YouTube é a que se destaca em tempo de consumo, seguido pelo Instagram e pelo TikTok, respectivamente.
Em relação aos assuntos de interesse da Geração Z, o levantamento mostra um crescimento significativo em áreas relacionadas ao entretenimento digital e jogos. O segmento de E-sports, por exemplo, experimentou um aumento de 28% no número de usuários de 18 a 24 anos entre maio de 2022 e maio de 2033. Já Gambling (jogos de apostas) teve um crescimento expressivo de 19%, e Games registrou um aumento de 16% em números de usuários da Geração Z.
Entre essas três áreas, a de Games é a que conquista o maior tempo de consumo entre este público, somando 9 horas ao mês, enquanto Gambling e E-sports tiveram 28 minutos consumidos ao mês, cada.
“A Geração Z cresceu em meio a avanços tecnológicos significativos, como o surgimento da internet, smartphones, redes sociais e outras tecnologias digitais, que moldaram suas experiências. Os dados desta análise refletem a forte presença desses usuários nas plataformas e indica para onde as marcas podem direcionar seus esforços de marketing para alcançar esse público”, comenta Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para o Brasil.
Aspirações, hábitos e comportamentos da Gen Z
Em relação ao perfil demográfico dos consumidores da Gen Z no Brasil, em um universo de 19,9 milhões de usuários únicos, 51% são homens e 41% mulheres, em grande parte das classes C (49%) e B (29%). Além disso, 75% deles são solteiros, 17% estão em união estável, 7% são casados e 1% é separado.
Entre as principais aspirações desse grupo de pessoas, 19% querem começar ou retomar a universidade, 19% também almejam comprar a primeira casa ou apartamento, 18% desejam adquirir o primeiro carro, 13% sonham em mudar de trabalho, 12% querem sair da casa dos pais, 10% querem se casar e outros 10% anseiam conquistar o primeiro emprego.
Poder de compra
A análise da Comscore revelou também que as plataformas de compra online com o maior número de usuários únicos no Brasil são Amazon, Shopee e Mercado Livre, respectivamente. Entre os consumidores, 73% declararam que se mantêm fiéis às marcas que gostam, e 66% deles concordam que o comércio eletrônico é um facilitador na rotina.
Persona digital
A Comscore também investigou os interesses desses consumidores em diferentes áreas. Em relação a produtos de cuidado com a casa, 76% disseram que estão em busca de novas ideias para melhorar o lar. Já ao comprar automóveis, 53% acreditam que ter um veículo que seja divertido de dirigir é uma característica importante.
No âmbito das finanças pessoais, 81% apontaram que não gostam de estar endividados, 73% querem saber o máximo de informações possível sobre serviços financeiros ou investimentos antes de se comprometerem, e 73% afirmaram que gastam dinheiro com mais cuidado do que costumavam fazer.
Na área de exercícios e bem-estar, 49% deles disseram que praticam esportes em equipe pela emoção da competição, e 39% não se sentem bem consigo mesmos sem a atividade física regular. No lazer, 78% afirmaram que música é uma parte importante de suas rotinas. Já em relação ao autocuidado, 78% acreditam que produtos de skincare ajudam a deixar a pele com aparência mais jovem.
Sobre alimentação e dieta, 90% se declararam veganos, 74% estão mais dispostos a gastar mais em alimentos de boa qualidade, e 72% gostam de se dar o prazer de comer alimentos que não são considerados saudáveis.
Já em relação ao comportamento dessas pessoas frente a anúncios e propagandas, 60% delas disseram que costumam seguir marcas nas redes sociais, 41% acreditam que a publicidade influencia nas decisões de compra, e 27% são a favor da publicidade móvel. Ainda assim, em contrapartida, 29% consideram que a atenção à publicidade é uma perda de tempo.
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