
HyperX apresenta crescimento expressivo, mas tem desafios com a variação cambial e ampliação de público.
Variação cambial sempre foi um vilão das marcas que operam no segmento gamer aqui no Brasil, principalmente as que trabalham com importados, ou seja, para não dizer todas, a maioria – e mesmo as que fabricam partes aqui, normalmente dependem de componentes importados do mercado asiático.

E aqui é bom pontuar ao leitor o preço do dólar é um problema sim, mas a variação é pior ainda, porque ao importar equipamentos hoje, não se sabe como o dólar estará daqui a 3 meses. Some isso a pandemia, crise política nos EUA, instabilidade econômica brasileira. Não é um cenário fácil para os gestores não.
Ano passado eu queria comprar o microfone Quadcast da Hyperx. Numa semana ele estava R$ 700,00 na Kabum, na semana seguinte passado de mil e em algum momento da pandemia, mais de R$ 1.500,00. Agora ele custa entre R$ 1.200 e R$1400. Na Amazon gringa numa pesquisa rápida eu achei por cerca de US$ 130.
E ontem a empresa fez uma coletiva de empresa onde apresentou os resultados e a empresa apesar de ser do segmento gamer, notou aumento de consumo de seus produtos também por quem foi para o home-office.
Durante o encontro foram anunciadas também algumas novidades:
- Pulsefire Haste: HyperX Apresenta Mouse Gamer Ultraleve
- HyperX Aprimora Clássico Headset Cloud Revolver Com Som Surround 7.1
- Headset Best-Seller Cloud II Desembarca Em Versão Wireless
Eu por muito tempo tive um mouse da marca, tenho um teclado mecânico gamer deles e o meu atual headset também é HypeX. A marca tem uma qualidade muito boa e entrega equipamentos de alta performance e qualidade. Mas essa questão da variação cambial não estaria tirando o poder de compra do gamer brasileiro?
O porta-voz da empresa me disse que a empresa tem feito esforços para reduzir custos aqui no Brasil e também fazendo uma programação de importações que protejam o valor do produto por um tempo maior.
Mas há outros desafios.
Ao falar que apesar de ser uma empresa gamer, o segmento de home-office abraçou a marca e que agora todo mundo é gamer, a marca corre o risco de perder sua atratividade como uma marca endêmica (de dentro e focada no mercado gamer).
Explicando melhor: será que o gamer que tem esse universo como seu estilo de vida irá ficar feliz em saber que o pai ou a mãe estão usando o mesmo fone para reuniões corporativas. Será que isso não mexe com o posicionamento da marca?
Um ponto positivo a favor da HyperX, e que também foi me falado ontem durante a coletiva, é que a linha que mais vende da marca é a de produtos premium e com alto valor agregado e também de ticket elevado. Ou seja é um público pouco sensível ao preço e que está disposto a pagar por algo mais premium e que pelo visto percebe valor na marca HyperX. Com números tão positivos em 2020 a empresa parece começar com um olhar otimista sobre o mercado e este blog deseja que esse otimismo se confirme.
Já quanto ao dólar não há o que ser feito, a não ser mesmo uma lição de casa interna de melhoria contínua de processos, e isso parece que a empresa está fazendo.
O mercado gamer não é para poucos. É altamente competitivo e caro de se operar e marcas de fora tem dificuldades de entrada justamente por que trata-se de um público muito específico. Assim a marca tem concorrentes fortes, mas que se conta nos dedos das mãos e quanto a isso ela parece estar, por enquanto, numa situação interessante.
Quando uma marca como a HyperX – que investe no mercado gamer brasileiro – cresce toda comunidade ganha. E mais até do que os lançamentos, essa parece ser a melhor notícia.
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