Itaipu Parquetec promove evento sobre Gêmeos Digitais e reforça compromisso com inclusão na tecnologia

junho 21, 2025 Armindo

O auditório César Lattes, no Itaipu Parquetec, foi palco nesta quarta-feira (18) de uma conversa sobre inovação, multidisciplinaridade e impacto social. O evento “Gêmeos Digitais: Ciência, Tecnologia e Transformação” reuniu especialistas, pesquisadores, alunos e pessoas colaboradoras do Parque para debater o potencial dessa tecnologia, considerada uma das mais promissoras para o futuro da produção e da gestão de serviços.

A proposta da atividade foi integrar conhecimento acadêmico e prático, com o objetivo de difundir a temática no ecossistema do Itaipu Parquetec. A presença da professora Cristiane Pimentel, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), e do grupo de pesquisa em Gêmeos Digitais da instituição, contribuiu para ampliar o olhar sobre a tecnologia e reforçar a colaboração científica entre regiões.

Durante a fala, Cristiane destacou o caráter interdisciplinar do tema, com aplicações que vão da saúde à construção civil. Segundo a professora, “um projeto de gêmeos digitais envolve médicos, engenheiros, administradores e profissionais de vários segmentos, o que demanda planejamento em etapas e integração de saberes”. A professora também chamou atenção para a baixa representatividade feminina no setor e celebrou o lançamento de uma vaga de estágio afirmativa para mulheres na área de gêmeos digitais, com atuação presencial no Itaipu Parquetec. A oportunidade reforça os pilares da instituição voltados à diversidade e à inclusão.

O diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Professor Irineu Colombo, reforçou que a tecnologia dos gêmeos digitais permite simular comportamentos e prever falhas sem a necessidade em modificar o ambiente físico. “É possível reorganizar um estacionamento ou prever falhas em equipamentos com base em modelos digitais. A tecnologia tem aplicação na indústria, na saúde, na educação. Foi com essa lógica que simulamos o comportamento da barragem da Itaipu Binacional em cenários extremos. Essa é a força dos gêmeos digitais: transformar o real em algo compreensível e simulável”, explicou.

O professor Cláudio Roberto Marquetto Maurício, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), também defendeu uma abordagem acessível à tecnologia. Para ele, é essencial “descomplicar a computação” e garantir que ela esteja a serviço da sociedade. “Nossa missão é aproximar as pessoas da tecnologia, para que elas possam usá-la a favor do próprio desenvolvimento social e econômico”, argumentou. Representando o Grupo de Pesquisa em Computação Gráfica (LABCG), Marquetto apresentou a palestra “Explorando o Futuro: Gêmeos Digitais e Colaboração Científica.”

A programação contou ainda com a participação de Alan de Oliveira Lee e Adriano Peretti da Silva Santos, colaboradores do Centro Avançado em Soluções para Barragens (CEASB) do Itaipu Parquetec, que abordaram a temática “Conexões Digitais: Pesquisa e Desenvolvimento em Digital Twins”.

Para a gerente do CEASB, Alexandra Oliveira, o evento reforça o compromisso do Parque com a inclusão e a transversalidade das ações em inovação. “Queremos que todos os colaboradores e instituições do ecossistema compreendam que cada um pode contribuir com sua competência. O tema dos gêmeos digitais não pertence a uma única área. Ele se constrói com diferentes saberes, seja da eficiência energética, da cibersegurança ou de startups que queiram integrar projetos. É uma construção colaborativa”, apontou.

A proposta do evento também esteve conectada com iniciativas de incentivo à presença de mulheres na tecnologia. “A vaga destinada a mulheres é um desdobramento do nosso compromisso, também reforçado no evento do IndustrIEEE, que aconteceu na última terça-feira (17) aqui no Parque. Queremos que elas ocupem espaços e sintam-se parte da construção dessa transformação”, concluiu Alexandra.