Já joguei “Prince of Persia: The Lost Crown”: é lindo e desafiador como deveria ser!

Lembro-me muito de colocar meu disquete em um dos meus primeiros PCs e esperar para carregar a primeira versão da franquia “Prince of Persia”. Eu acredito que não cheguei a terminar o jogo porque os puzzles eram complexos e os pulos nem sempre eram fáceis. Mas era um jogo inovador para a época, justamente pelos gráficos e também pelo característico som em 8-bits.

Assim, pensando no início da franquia, podemos afirmar que a raiz da franquia é ser um jogo de plataforma com puzzles. É o que a indústria convencionou chamar de Metroidvania: um subgênero de jogos de ação e aventura, geralmente em 2D, com ênfase na exploração, coleta de itens e habilidades que abrem novas áreas do mapa interconectado. É uma fusão das mecânicas de exploração não linear da série Metroid com o design de níveis da série Castlevania.

Dessa vez não estamos com o príncipe.

Dessa vez não estamos com o Príncipe, mas com Sargon, que está em uma missão para salvar o herdeiro do trono, o Príncipe Ghassan. Esta jornada perigosa o leva até o Monte Qaf, onde o tempo não flui mais rápido e certo em uma única direção.

Sargon, junto com outros Imortais, parte para o Monte Qaf para salvar o Príncipe, mas não demora muito para que ele se veja seguindo caminhos divergentes, com alguns dos Imortais em uma trajetória conflitante com uma história contagiante que envolve ao que tudo indica uma complexa conspiração.

As coisas aqui também podem não seguir uma lógica temporal linear. Talvez isso ocorra porque o tempo parece misteriosamente entrelaçado aqui, e às vezes o passado pode acontecer depois do presente.

Independentemente do custo, Sargon continua a lutar quando todas as probabilidades estão contra ele, ganhando força ao longo do caminho.

História cativante e um game design lindo.

Logo no começo, somos apresentados aos principais personagens e suas histórias. É muito bonito como os diálogos são apresentados. Mesmo tendo basicamente progressão horizontal/vertical, a profundidade do cenário muitas vezes faz parecer que estamos numa progressão completa. Em alguns momentos, eu tentei entrar em portas que eram só cenário.

Logo no começo do jogo, há um aviso de que é melhor jogar o game com controle, ao invés do teclado, e isso é verdade. Eu resolvi insistir e jogar somente com o teclado e alguns pulos em que você precisa usar progressão diagonal pelo ar, e realmente é um exercício para os dedos; é possível, é verdade, mas de fato um controle deve proporcionar uma experiência melhor de jogabilidade.

Em algumas fases, você terá que refazer uma, duas, talvez dez vezes até sacar o caminho certo e como resolver alguns puzzles, mas é isso nesse tipo de games, e é justamente onde está a diversão deles.

Com o avançar do jogo, você sai do modo de combate básico e passa a ganhar alguns combos que deixam os embates desafiadores e lindos. É verdade que você pode configurar de uma forma única o quão desafiadores seus inimigos podem ser, mas é bom deixar claro que um certo nível de dificuldade tem o seu valor nesse tipo de game. O mapa pode ser bem complexo e não é tão linear quanto eu esperava; mais de uma vez peguei caminhos errados ou cantinhos que estão lá só para confundir.

De uma maneira geral, eu achei a jogabilidade muito boa e a progressão bem desafiadora.

Talvez o volume de diálogos incomode alguns jogadores, mas como eu gosto mais das histórias, eu acredito que mais soma do que atrapalha. O áudio está em inglês, mas todas as legendas estão localizadas em português do Brasil

Sobre a franquia Prince of Persia

A franquia “Prince of Persia” é uma série de jogos de ação e aventura que teve início em 1989, desenvolvida originalmente por Jordan Mechner. O primeiro jogo, intitulado simplesmente “Prince of Persia”, foi lançado pela Brøderbund para Apple II e posteriormente para diversas outras plataformas.

  1. Prince of Persia (1989): Este foi o título original que introduziu os jogadores ao intrépido protagonista, conhecido como “o Príncipe”. O jogo era notável por seus gráficos animados impressionantes para a época e pela jogabilidade desafiadora, que envolvia explorar masmorras e superar obstáculos.
  2. Prince of Persia: The Sands of Time (2003): A franquia foi revivida em grande estilo com o lançamento de “The Sands of Time”. Desenvolvido pela Ubisoft Montreal, o jogo combinou elementos de plataforma acrobática, combate fluido e um enredo envolvente. O destaque foi a introdução do conceito de manipulação do tempo, permitindo aos jogadores reverter ações e resolver quebra-cabeças baseados no tempo.
  3. Prince of Persia: Warrior Within (2004) e The Two Thrones (2005): Estes dois títulos continuaram a história iniciada em “The Sands of Time”, explorando o desenvolvimento do personagem e introduzindo novos elementos de jogabilidade. “Warrior Within” adotou uma abordagem mais sombria, enquanto “The Two Thrones” buscou equilibrar elementos de seus antecessores.
  4. Prince of Persia (2008): Este título, muitas vezes chamado de “Prince of Persia 2008” ou “Prince of Persia: Reboot”, apresentou um estilo artístico único e uma narrativa mais fantasiosa. O jogo foi elogiado por sua atmosfera, mas também recebeu críticas por suas mecânicas simplificadas em comparação com os títulos anteriores.
  5. Prince of Persia: The Forgotten Sands (2010): Este jogo foi lançado em conjunto com o filme “Prince of Persia: The Sands of Time”, explorando eventos paralelos. O jogo retornou às raízes da franquia com uma ênfase renovada na exploração e no combate.

Veredito: será que vale a pena jogar o novo “Prince of Persia: The Lost Crown”

É um fato que a franquia Prince of Persia não teve só acertos desde a primeira versão, mas aqui temos, na minha opinião um dos melhores. A equipe da Ubisoft conseguiu manter a essência do primeiro jogo, porém com atualizações interessantes tanto de jogabilidade quanto ao lore de um clássico que ganha uma merecida atualização.

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