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No Brasil, os millennials são os mais propensos a riscos na internet, aponta estudo da Microsoft

A Microsoft mostra em pesquisa como é o comportamento dos brasileiros online com base em entrevista com adolescentes e adultos. De acordo com o material, dentre as gerações pesquisadas, os millennials (82%) são os que mais estão expostos a riscos cibernéticos, sendo eles: comportamentais, reputacionais, sexuais e pessoais/intrusivos.

Os dados chamam atenção ainda para a forma com a qual os jovens brasileiros lidam com comportamentos abusivos online. Dentre eles, 71% afirmam já terem vivenciado uma ameaça online, sendo que 78% sofreram posteriormente, e 75% tiveram dor moderada a insuportável como consequência. Além disso, outros 90% temem que o problema volte a acontecer. Já com relação a pedidos de ajuda, apenas 48% dos

entrevistados pediram auxiliou para os pais, e outros 63% afirmaram que souberam onde encontrar ajuda para cada caso.

O estudo, que entrevistou 502 brasileiros, com idades entre 13 e 74 anos, mostra que de um modo geral os principais riscos são contatos indesejáveis (42%), sexting indesejado (26%), farsas/fraudes/golpes (24%), assédio moral (24%) e assédio sexual (22%). Entre os temas que mais geraram conflitos na internet, estão: política (53%), orientação sexual (34%), religião (33%), aparência física (30%) e raça (29%).

A pesquisa realizada em 25 países diferentes no ano passado mediu, ainda, o Índice de Cidadania Digital (DCI) de cada um deles. De acordo com o relatório global completo, o Brasil teve um aumento de dois pontos desde o ano passado e atingiu um DCI de 72%, sendo classificado como 15º. Vale lembrar que esse aumento, de acordo com a metodologia do índice, representa uma piora na civilidade digital no país.

Quanto à expectativa de mudança, 69% dos entrevistados acreditam que empresas de tecnologia e social media criarão ferramentas e políticas que encorajarão um comportamento online mais respeitável e civil.

“O universo digital representa uma enorme oportunidade de melhorarmos nossa comunicação, colaborarmos mais e sermos mais produtivos, mas sabemos que nem sempre isso vem acompanhado de civilidade. Nesse Dia da Internet Segura, queremos chamar a atenção para a importância desse tema, ajudando a criar uma cultura digital melhor, promovendo uma comunidade online mais ampla e inclusiva”, afirma Nycholas Szucko Antunes, diretor de cibersegurança da Microsoft Brasil.

Com isso, a Microsoft lançou o Desafio da Cidadania DIgital como uma forma de conscientizar os consumidores na adoção da “cidadania digital” e para que eles repensem as seguintes práticas digitais:

Viva a Regra de Ouro agindo com empatia, compaixão e bondade em todas as interações, e trate todos com quem você se conecta online com dignidade e respeito.

  1. Respeite as diferenças, honre perspectivas diversas e quando as discordâncias surgirem, envolvam-se cuidadosamente e evitem xingamentos e ataques pessoais.
  2. Reflita antes de responder a coisas que você discorda, e não poste ou envie algo que possa machucar outra pessoa, danificar uma reputação ou ameaçar a segurança de alguém.
  3. Defenda você mesmo e os outros apoiando aqueles que são alvos de abuso ou crueldade, relatando atividades agressivas e guardando evidências de comportamento inadequado ou inseguro.

O DCI é baseado em uma pesquisa concluída em maio de 2019 para avaliar as atitudes e percepções de adolescentes (13 a 17 anos) e adultos (18 a 74 anos) em 25 países[1] sobre o atual estado da cidadania digital. O estudo avaliou a exposição vitalícia dos entrevistados a 21 riscos em quatro áreas: comportamental, reputacional, sexual e pessoal/intrusiva. Em escala global, o DCI revelou que a exposição a riscos online aumentou significativamente, principalmente nas seguintes 5 áreas:  1) contato indesejado, 2) farsas/fraudes/golpes, 3) sexting indesejado, 4) tratamento maldoso e 5) trollagens.

O Dia da Internet Segura é um dia internacional para promover o uso mais seguro e responsável da tecnologia, especialmente entre crianças e jovens.


[1]

Países que participaram da pesquisa incluem Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, Alemanha, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Malásia, México, os Países Baixos,  Peru, Polônia, Rússia, Cingapura, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã.