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Petiko aposta no universo geek para conectar tutores e pets em experiências únicas.

Petiko aposta no universo geek para conectar tutores e pets em experiências únicas.

De caixas surpresas a pelúcias temáticas de heróis, a Petiko tem transformado o mercado pet com uma proposta ousada: unir o lifestyle geek ao cuidado animal. À frente dessa iniciativa está Luciano Miranda, CEO e cofundador da marca, que enxergou na cultura pop uma ponte afetiva poderosa entre millennials e seus animais de estimação.

O mercado geek no Brasil movimenta R$ 97 bilhões por ano, representando cerca de 1% do PIB nacional, segundo a pesquisa Geek Power 2024, realizada pela Omelete Company e Go Gamers. Esse universo, que abrange filmes, séries, games e quadrinhos, tem atraído especialmente os millennials e a geração Z, com 32,7% dos millennials se identificando como nerds e 38,9% da geração Z se considerando gamers.

Nesse papo comigo, o Luciano fala sobre os bastidores das parcerias e licenciamentos, os desafios de adaptar personagens icônicos em brinquedos seguros para pets, e como o apelo nostálgico se equilibra com inovação. A seguir, os principais trechos da conversa.


Luciano, nos últimos meses a Petiko lançou três coleções licenciadas com personagens do universo geek. Como surgiu essa estratégia de aproximação com esse universo?

Essa estratégia nasceu da proximidade que temos com nosso público. A Petiko sempre acompanhou de perto o comportamento dos nossos clientes, e percebemos que há também uma interseção entre o universo geek e o mundo pet – especialmente entre os millennials, que cresceram com personagens icônicos e hoje são tutores apaixonados. Além disso, enxergamos uma oportunidade de enriquecer ainda mais as experiências mensais que trabalhamos. Já temos o desafio de entregar um universo lúdico para nossos pets assinantes e seus tutores mensalmente com nossas caixas temáticas. Trazer elementos de cultura pop para nossos produtos é uma forma de agregar ainda mais valor e criar experiências ainda mais imersivas, unindo diversão, estímulo para os pets e nostalgia para tutores.

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Do universo de Harry Potter para o mercado Pet / Foto: divulgação

O público millennial representa boa parte dos consumidores nerds e também dos tutores de pets no Brasil. Que tipo de comportamento de consumo vocês identificam nesse grupo?

Esse público valoriza experiências autênticas, produtos que tenham propósito e, ao mesmo tempo, tragam um senso de identidade. Eles são exigentes: buscam qualidade, se conectam com marcas que compartilham seus valores e estão sempre atentos às novidades. Também é um grupo muito engajado nas redes sociais, e gosta de presentear seus pets com produtos que representem sua própria personalidade – e aí entram as coleções licenciadas, que transformam brinquedos em verdadeiros ícones.

Licenciar grandes franquias como DC e Harry Potter costuma envolver negociações complexas. Quais foram os principais desafios enfrentados nesse processo de licenciamento?

De fato, é um processo bastante criterioso. Um dos principais desafios está em garantir que o produto final esteja 100% alinhado com os padrões criativos e legais da franquia, desde o conceito até os detalhes técnicos. Além disso, o cronograma é sempre um fator sensível, porque o licenciamento envolve etapas de aprovação que exigem planejamento rigoroso. Por isso, construímos uma relação de confiança com os parceiros desde o início e investimos em processos internos ágeis e multidisciplinares para acelerar as entregas com qualidade.

De fato, é um processo bastante criterioso. Um dos principais desafios está em garantir que o produto final esteja 100% alinhado com os padrões criativos e legais da franquia, desde o conceito até os detalhes técnicos.

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É preciso cuidar da segurança e qualidade dos produtos / Foto: divulgação

Como é o processo criativo para adaptar personagens consagrados em produtos pet como pelúcias e mordedores? Existe alguma preocupação especial com autenticidade e segurança?

O processo começa com uma imersão no universo da franquia, entendemos a personalidade dos personagens, suas características visuais e como elas podem ser traduzidas em uma experiência sensorial para o pet. A autenticidade é essencial, mas nunca abrimos mão da funcionalidade e segurança. Então, o desafio é justamente equilibrar essa balança, trazendo todos os traços do personagem e o guideline fornecido pela franquia, porém fazendo todas as adaptações necessárias para que esse produto se encaixe perfeitamente para o pet e atenda nossos requisitos de qualidade bem como seus objetivos para o pet. Todos os nossos brinquedos passam por um rigoroso processo de desenvolvimento, desde a escolha de materiais atóxicos, costuras reforçadas e formatos que estimulem o comportamento natural do animal. É um equilíbrio entre design, guideline e bem-estar animal.

A nostalgia é uma força poderosa de consumo. Como vocês equilibram esse apelo emocional com inovação nos produtos e comunicação da marca?

A nostalgia conecta emocionalmente o tutor ao produto, mas no final do dia, quem garante a experiência do pet é de fato a funcionalidade do item desenvolvido, seja ele um brinquedo para enriquecimento ambiental, um mordedor para o controle da ansiedade, ou um petisco super premium. Nosso desafio é criar produtos que emocionem o tutor e, ao mesmo tempo, sejam funcionais, duráveis e estimulantes para o animal. Na comunicação, usamos a nostalgia como porta de entrada, com referências visuais e narrativas que remetem ao apelo do personagem, mas sempre associando isso a nossa mensagem, e ao nosso estilo Petiko de enxergar a vida do tutor moderno de pet, reforçando principalmente o vínculo entre pet e tutor.

Por fim, qual a visão da Petiko sobre o papel do lifestyle geek no mercado pet? É uma tendência passageira ou uma transformação de longo prazo no relacionamento entre marcas, tutores e seus pets?

Acreditamos que é uma transformação de longo prazo. O lifestyle geek deixou de ser nichado para se tornar parte da cultura pop contemporânea. Ele influencia a moda, o entretenimento, a decoração e, cada vez mais, os produtos de consumo, inclusive no universo pet. Vemos esse movimento como uma nova forma de expressão afetiva entre o tutor e seu animal. Os pets fazem parte da família, e os tutores querem compartilhar com eles tudo o que amam, inclusive seus heróis e histórias favoritas.

O lifestyle geek deixou de ser nichado para se tornar parte da cultura pop contemporânea.

Pensando no futuro: há novos universos ou franquias em negociação para futuras coleções? Pode adiantar algo para a gente?

Estamos sempre em conversas e estudos com parceiros estratégicos. O sucesso das coleções atuais nos abriu portas para explorar novas franquias, algumas muito queridas pelo público brasileiro. Ainda não podemos divulgar nomes, mas posso adiantar que 2025 trará surpresas que prometem encantar tanto os tutores quanto os pets. Continuaremos investindo em produtos que unem storytelling, inovação e diversão.

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Coleção Geek da Petiko / Foto: divulgação

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