Ok eu confesso eu já acelerei muito e já fiz curvas a mais de 150 quilômetros por hora jogando Daytona USA num arcade, ou fliperama como a gente chamava antes. E era algo muito moderno porque você de fato sentava num cockpit e tinha uma direção e um pedal de verdade e a meta era sempre manter as três letras do meu nome na lista dos maiores placares. Eu lembro que tinha uma técnica infalível de mudar a marcha um pouco antes de uma curva e deixar o carrinho subir para retomar depois o que sempre me garantia segundos competitivos.
Olhando o gráfico do game hoje (da foto abaixo) eu penso que a gente usava mais a criatividade e a imaginação do que se suponha na época. O game foi criado em 1994 pela Sega mais ou menos na mesma época onde ter um Gol GTS era um sinônimo de status e que atribuía aos seus donos super poderes numa época em que ainda era raro termos acesso a coisas importados.
Eu lembro de ficarmos sentados na calçadas babando quando ouvíamos o ronco do motor de um GTS.
Os games evoluíram bem desde então. Ano passado mesmo joguei Forza Horizon PREDATOR THRONOS da Acer e dá para notar ali na tela abaixo o grau de realismo que podemos ter num game de corrida hoje.
Mas até a última semana essas seriam minhas experiências pilotando um carro esportivo até a semana passada quando a Volkswagen nos convidou para conhecer o novo Polo GTS que traz toda memória afetiva das décadas de 80/90 porém com toda modernidade que a tecnologia de hoje pode nos proporcionar. Sim analogamente é a evolução que aconteceu nos videogames acontecendo na vida real.
E o que dizer então de acelerar de verdade, numa pista de verdade?
O leitor mais atento deve lembrar que a própria Volkswagen já tinha me levado para um autódromo para conhecer o T-Cross.
Mas dessa vez a pegada era um pouco diferente porque se tratava de um veículo esportivo onde alguns detalhes contam para esse segmento.
E olhar a pista de corrida na minha frente, sentir o banco esporte que lembra muito os carros de velocidade e ver todas as indicações digitais no painel me fez pensar que estava ali vivendo o sonho de criança de jogar um videogame na vida real.
Para conhecer esses atributos pudemos correr em três atividades. NMA primeira tivemos que contornar cones que faziam um circuito com curavas bem fechadas para simular aceleração e curvas para mostrar toda estabilidade do carro. E o carro é estável mesmo, eu talvez nem tanto, principalmente porque eu imagino que derrubei um cone e fiquei procurando na tela se tinha perdido algum ponto no placar
Na outra tivemos uma prova de arrancada numa reta com direito a uma pessoa jogando um lenço e tudo na hora da partida. Nem nos parques da Universal em Orlando eu me senti tão dentro de uma cena de Velozes e Furiosos quanto nesses poucos minutos entre o lenço cair e eu descobrir segundos depois que tinha freado depois da linha de parada e perdido a competição. Tem como colocar outra ficha pra jogar de novo?
A última atividade era chamada de “follow the leader” onde a gente pode andar para valer num autódromo de verdade seguindo um carro madrinha que nos acompanhou em todo percurso. Aliás a se a Volkswagen se mostra ótima em velocidade com esse carro e na outra ponta ela se mostra referência em segurança. além da dezena de pilotos profissionais que nos acompanharam nessa experiência tinha até ambulância caso desse algo errado. Não deu.
Tem mais coisas do que você imagina
E depois de todas as atividades prontas eu tive uma volta extra especial com o especialista em produtos Volkswagen, o Fabiano Severo. Ele foi pacientemente me explicando algumas minúcias tecnológicas que eu sei que o leitor mais gosta. E tudo isso enquanto acelerava comigo na pista pra valer.
O painel é totalmente digital e integrado com o sistema de entretenimento. Sim é o mesmo painel digital que eu amo do T-Cross porém com uma customização especial de cores com detalhes em vermelho para acompanhar todo desenho do painel e até informações de ponto gravitacional no momento da aceleração, fornecida por diversos sensores que o carro tem.
Existem vários modos de direção: no modo econômico, por exemplo, dá para garantir um consumo mais eficiente, mas é no modo “Esporte” que o GTS solta suas garras.
A direção fica mais pesada, como menos assistência elétrica, e no modo automático as trocas de marchas ficam mais dinâmicas. Mas o que vai mais chamar atenção mesmo nesse modo é o ronco do motor que muda totalmente trazendo o mesmo barulho que fez tanto sucesso na linha GTS. E tudo graças a uma tecnologia que propaga o som através da parte superior do painel do carro. Quem está do lado de fora não ouvirá tanto, porque hoje a legislação é mais rígida com o barulho gerado pelo carro, mas no interior ele terá a sensação de dirigir um motor com barulho retrô mas com o o melhor que a tecnologia da Volkswagen tem a oferecer nos dias de hoje.
No demais ele tem uma integração muito simples com bluetooth, daquelas que ligou pareou e também Android Auto que é só colocar o cabo na porta USB do carro e ser feliz. E nas outras funções pode colocar tudo no automática que o carro cuida para você.
Tem ainda o sistema Kessy de acesso ao veículo e partida do motor sem uso da chave, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros para auxílio ao estacionamento (que incluem câmera de ré), sistema start/stop (que desliga e liga o motor na paradas em semáforos, por exemplo), e o sistema de som Discover Media, com tela colorida de 8 polegadas sensível ao toque, navegação, App-Connect e comando por voz.
Também são itens de série o detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular e o controlador automático de velocidade (piloto automático). E um farol de LED bem, mas bem invocado com um desenho bem próprio. É um estilo e uma silhueta que, sim, o leitor adivinhou, lembra os carros de videogame.
Como opcional está disponível o pacote Beats, com o sistema de som que inclui alto-falantes, tweeters, subwoofer e amplificador, além do recurso de variação do espaço no porta-malas (s.a.v.e.) e rede para objetos no compartimento.
Um dia na Fazenda
Um dia antes de irmos para o autódromo nos reunimos num hotel fazenda onde pudemos conhecer um pouco mais do carro e conversar com o Head de Design da Volkswagen do Brasil que nos explicou os detalhes que deixaram esse novo Polo tão charmoso e tecnológico, porém com um pé no retrô.
No final das contas tudo isso me trouxe boas memórias de infância, das noites esperando o Ayrton Senna correr na madrugada no Japão, nos dias que passei jogando Daytona ou de quando a gente esperava na rua pra ver um GTS puro-sangue passar.
Acho que é mais ou menos essa sensação que o leitor terá ao fazer um teste-drive dessa novidade e eu recomendo que você faça, com o modo esporte ligado e deixe o som do carro te trazer boas memórias também.
Tudo com segurança
Eu já falei lá em cima mas não custa lembrar, nós aceleramos e andamos num autódromo privado, mas com todo suporte de dezenas de pilotos e instrutores de direção altamente especializados além de toda infraestrutura de segurança. Dá para aproveitar todo o estilo esportivo do carro respeitando todos os limites de velocidade, usando o cinto de segurança e claro sem beber antes de dirigir.
Acima disso deixe para os videogames.
O Blog do Armindo esteve nessa aventura a convite da Volkswagen a qual novamente agradeço a parceria de sempre em levar bom conteúdo geek ao meu leitor à minha leitora.
Foto: Pedro Danthas e Armindo Ferreira