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Tales from The Loop é uma série com estética linda, mas não tem formato fácil de assistir.

Eu comecei assistindo Tales from The Loop (série da Amazon Prime Video) totalmente sem saber nada além da premissa da série. Pessoas que moram no Loop onde tudo pode acontecer. Só depois que eu fui ver que a série é inspirada nas ilustrações do artista sueco Simon Stalenhag – e você verá a seguir que saber essa informação faz toda diferença.

Imagem: divulgação Amazon

Mas a série não é bem o que a maioria das pessoas espera de uma série Sci-Fi: ela é lenta, contemplativa e em alguns momentos feita para incomodar.

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Os personagens da série moram perto do Loop que é uma espécie de experimento que permite brincar com a realidade, mas ele só é uma desculpa para que os diretores possam contar suas histórias sem muitas amarras com as regras da realidade. E os personagens vivem com isso de um jeito muito natural. Houve uma reversão do tempo? Ok aqui no Loop é assim mesmo e bola pra frente.

As histórias apesar de serem independentes tem sim uma certa correlação entre elas. Eu sugiro mesmo assistir na ordem.

Invariavelmente os contos vão fazer você refletir sobre a relatividade do tempo: na cidade, na vida das pessoas e na sua vida. E na finitude dela. É uma série com uma pegada forte no Niilismo, falando sobre o fim da vida como um fim e sobre a existência de universos paralelos.

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A estética da série é um absurdo e ela parece ser sim o grande diferencial dessa obra. É tudo futurista e arcaico ao mesmo tempo. Tem um robô de última geração do lado de uma TV de tubo e as pessoas não tem moradias do futuro mas casinhas simples, mesmo sendo bem ricas.

E se você tem se sentido muito deprimido ou ansioso nesse período de pandemia eu não recomendaria a série para você não.

Tales from the Loop é linda, as vezes cada frame é um quadro, tem uma estética muito própria, e conhecer um pouco mais da obra do Stalenhag talvez ajude você a entender isso.

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Porém a narrativa é bem lenta, arrastada e contemplativa e as vezes o roteiro parece te dar uma porrada e logo depois uma árvore parada num plano sem fim para você refletir sobre a porrada que levou ou sobre a sua vida. E também é um roteiro bem aberto: não explica a maioria das coisas, assume outras coisas como normais chegar a ser em alguma instância surrealista.

E esses dois senões podem não agradar todo mundo. É muito diferente de tudo que você viu por aí em SciFi.

Mas você precisa estar aberto para a isso e só assim talvez a série funcione para você.

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Eu dou 8/10 robôs protetores.

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