Vai começar a festa do cinema nacional: de 03 a 13 de outubro, o Festival do Rio exibe mais de 300 filmes. Confira os destaques!
De 3 a 13 de outubro, o Festival do Rio 2024 trará ao público uma vasta seleção com mais de 300 filmes, tanto nacionais quanto internacionais. É a chance de conferir produções aclamadas nos maiores festivais do mundo, e os indicados por seus países ao Oscar. Na Première Brasil, as produções nacionais competem pelo Troféu Redentor, e a mostra traz ainda os aguardados títulos Hors Concours. Os ingressos individuais estarão disponíveis para compra a partir de terça-feira, 01 de outubro, no site Ingresso.com. Durante o Festival, também será possível adquirir ingressos diretamente nas bilheterias dos cinemas participantes.
Veja aqui a programação completa dos cinemas.
A programação oficial tem sessões especiais e gratuitas, exibições com acessibilidade, mostras paralelas, homenagens e uma seleção de títulos que refletem a diversidade e a variedade da produção brasileira e internacional. Para atualizar o debate sobre inovação no audiovisual, o RioMarket apresenta mesas e masterclasses para o mercado e uma seleção aberta ao público com ingressos gratuitos. Além de receber pessoas do mercado, a nova sede do festival no Armazém da Utopia, no Cais do Porto, oferecerá programação especial para o público em geral, mediante inscrição prévia on-line, sempre divulgada no site do festival e em suas redes sociais.
Destaques internacionais do Festival do Rio
O Festival do Rio 2024 apresenta uma seleção imperdível de produções internacionais, com destaque para a mostra Panorama Mundial. Entre os mais aguardados está “Parthenope”, do premiado diretor italiano Paolo Sorrentino, que já participou do Festival do Rio com quatro longas anteriores. Esse drama fantástico, descrito como uma carta de amor a Nápoles, é o primeiro filme do cineasta a ter uma protagonista feminina. Celeste Dalla Porta e Stefania Sandrelli interpretam a personagem-título, ao lado de Gary Oldman.
Outro destaque é “The Seed Of The Sacred Fig”, dirigido por Mohammad Rasoulof, cineasta iraniano exilado, vencedor do Prêmio Especial do Júri e do Fipresci Award em Cannes e escolhido para representar a Alemanha no Oscar 2024. O filme foi rodado sob sigilo no Irã, o que resultou na condenação do diretor à prisão, que precisou fugir de seu país, cruzando a fronteira pelas montanhas, para não ser encarcerado. Já “O Aprendiz”, de Ali Abbasi, retrata a ascensão do magnata Donald Trump nos anos 1970 e 1980, com performances marcantes de Sebastian Stan e Jeremy Strong, e conquistou a crítica após sua estreia em Cannes.
Entre as produções mais esperadas está “O Quarto ao Lado”, vencedor do Leão de Ouro em Veneza e o primeiro filme em inglês de Pedro Almodóvar. O longa, estrelado por Tilda Swinton e Julianne Moore, aborda o reencontro de duas amigas em meio a lembranças do passado e desafios atuais.
Além disso, o festival traz “Unicórnios”, um drama queer dirigido por Sally El Hosaini e James Krishna Floyd, e estrelado por Jason Patel e Ben Hardy. Outros destaques incluem o novo drama da cineasta alemã Nora Fingscheidt, “The Outrun”, baseado no livro de memórias da jornalista Amy Liptrot; e “A Garota da Agulha”, de Magnus Von Horn, exibido em Cannes e escolhido para representar a Dinamarca na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.
Outro filme em destaque é “Meu nome é Maria”, dirigido por Jessica Palud, que retrata a vida da icônica atriz francesa Maria Schneider, famosa por seu papel polêmico em O Último Tango em Paris. O filme, estrelado por Anamaria Vartolomei, estreou na seleção da Première de Cannes e promete ser um dos grandes destaques biográficos do ano. O aclamado drama “Bird”, da cineasta britânica Andrea Arnold, também está nesta edição do festival. O filme, que se destacou na 77ª edição do Festival de Cannes, concorreu à Palma de Ouro e à Queer Palm, além de ter conquistado o Prêmio da Cidadania.
Como parte das homenagens do festival, será celebrada a vida e carreira de Christopher Reeve, o eterno Superman, que completaria 72 anos em 202, com a exibição do documentário “Super/Man: A História de Christopher Reeve”, dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui.
Abertura e Encerramento Nacional e Internacional
O longa escolhido para a noite de abertura da 26ª edição do Festival do Rio é o drama “Emilia Pérez”, vencedor de dois prêmios no Festival de Cannes 2024 – Melhor Interpretação Feminina, para o quarteto Selena Gomez, Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón e Adriana Paz; e o Prêmio do Júri. A sessão de gala ocorrerá no dia 3 de outubro, no Cine Odeon, e marcará o início da maratona de filmes que ocupará diversas salas da cidade do Rio de Janeiro até o dia 13 de outubro. Dirigido por Jacques Audiard, o longa terá distribuição no Brasil da Paris Filmes e chega aos cinemas no dia 6 de fevereiro de 2025.
Já “Maníaco do Parque”, uma produção Original Amazon, realizada pela Santa Rita Filmes, será o longa brasileiro de encerramento do 26º Festival do Rio, com sessão de gala no dia 12 de outubro, no Odeon. O filme, dirigido por Maurício Eça, é protagonizado por Giovanna Grigio, no papel da jornalista Elena, e Silvero Pereira, que dá vida ao serial killer brasileiro, o motoboy Francisco, condenado por atacar 23 mulheres e assassinar dez delas, escondendo seus corpos no Parque do Estado, em São Paulo. O elenco também reúne Marco Pigossi, Bruno Garcia, Mel Lisboa, Xamã e Augusto Madeira, entre outros. O filme estreia no Prime Video em 18 de outubro.
Para a Gala de Encerramento Internacional, o Festival do Rio traz ao público “Conclave”, uma adaptação do best-seller homônimo de Robert Harris e centra-se em um dos eventos mais secretos e antigos do mundo: a seleção de um novo Papa. O filme, protagonizado por Ralph Fiennes, é dirigido por Edward Berger, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2023 por “Nada de Novo no Front”. O longa chega aos cinemas brasileiros em janeiro com distribuição da Diamond Filmes.
Festival do Rio realiza as mostras Midnight Movies, Itinerários Únicos e Première Latina
A Mostra Midnight Movies vem para provocar, assustar, excitar e fazer rir, sem preconceito ou tabu, com a seleção de filmes que usam e abusam da linguagem do cinema. Na seleção deste ano, longas que passaram por alguns dos principais festivais mundiais como Sundance, Cannes e Berlim. Entre os títulos, destacam-se: “O Império” (“L’Empire”), novo longa de Bruno Dumont, vencedor do Urso de Prata com o Prêmio do Júri no Festival de Berlim, em 2024; e “Rainhas do Drama” (“Les Reines du Drame”), primeiro longa de Alexis Langlois, exibido na Semana da Crítica, em Cannes. Conta a história de um YouTuber que narra o destino meteórico de seu ídolo, a diva pop Mimi Madamour. O documentário alemão “Baldiga – Coração Aberto” (“Baldiga – Unlocked Heart”), de Markus Stein, integrou a Mostra Panorama no Festival de Berlim. Retrata a vida do fotógrafo e artista Jürgen Baldiga que, usando sua câmera, capturou com sensibilidade e autenticidade a cena queer de Berlim Ocidental nos anos 1980 e 1990.
A cinematografia do país estará representada em sua diversidade, reunindo obras inéditas de diretores consagrados e novos expoentes, nas mostras competitivas Competição Oficial e Novos Rumos – que concorrem ao Troféu Redentor – e nas seleções especiais Hors Concours, Retratos e O Estado das Coisas.
Já a Première Latina, uma das mostras mais longevas da programação do Festival do Rio, vai exibir 17 longa-metragens representando os países Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Peru e Uruguai. As produções selecionadas abordam questões sociais, políticas e existenciais que refletem a diversidade cultural e histórica de cada região retratada. A Première Latina existe desde a segunda edição do Festival do Rio, realizada no ano 2000, e visa promover a aproximação cultural entre os povos latino-americanos.
Na Mostra Itinerários Únicos, o Festival do Rio reúne 11 títulos da Alemanha, Argentina, França, Portugal, Reino Unido e Suíça, com histórias de personalidades e lugares singulares, que marcaram seu tempo com novas ideias, quebra de tabus e preconceitos, ou que se destacaram na luta por liberdade e individualidades. Em estreia mundial, “Twiggy”, de Sadie Frost, resgata a trajetória da supermodelo da década de 1960, cantora, atriz e produtora Twiggy. O filme traz depoimentos dela própria, e de nomes como Paul McCartney, Lulu, Poppy Delavigne, Brooke Shields, Pattie Boyd e Zandra Rhodes. Outro ícone, agora do cinema, Humphrey Bogart, é retratado em “Humphrey Bogart: A Vida Vem em Flashes”, de Kathryn Ferguson. Exibido na mostra Sessões Especiais do Festival de Cannes 2024, “A Bela de Gaza”, de Yolande Zauberman, é um documentário sobre mulheres transgênero em Israel. Nele, a diretora investiga a lenda de uma jovem que, ameaçada de morte por causa de sua identidade transgênero, teria fugido da Faixa de Gaza para Tel Aviv a pé. O documentário entrelaça as vidas, muitas vezes trágicas, de várias mulheres transgênero.
Novos prêmios da Première Brasil
A 26ª edição do Festival do Rio — que começa na próxima quinta-feira (3) e vai até o dia 13 de outubro — tem uma novidade para os fãs de cinema e, principalmente, para os realizadores da produção nacional: quatro novas categorias serão premiadas com o Troféu Redentor nas duas mostras competitivas da Première Brasil: a Competição Oficial e a mostra Novos Rumos. Com o intuito de valorizar ainda mais os aspectos técnicos e artísticos das produções nacionais, o Festival do Rio 2024 terá a inclusão das categorias Melhor Som e Melhor Trilha Sonora — dois elementos fundamentais na construção da narrativa cinematográfica — na Competição Oficial da Première Brasil.
Na competição dedicada aos novos realizadores e novas linguagens da produção audiovisual brasileira, a mostra Novos Rumos vai contemplar também as categorias de Melhor Atriz e Melhor Ator. A inclusão dessas categorias reforça o compromisso do Festival do Rio em promover e incentivar jovens intérpretes que estão despontando na indústria cinematográfica.
Sobre o Festival do Rio
O Festival do Rio é o grande encontro audiovisual da América Latina. Desde sua criação, já foram exibidos mais de 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público, e de mão de obra, o Festival do Rio já capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do Festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.
O Festival do Rio conta pelo terceiro ano consecutivo com a apresentação e patrocínio master do Ministério da Cultura e da Shell Brasil através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio especial da Prefeitura do Rio, por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura, e apoio institucional da FIRJAN.
Sobre a Shell Brasil
Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
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