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Ela está fazendo a Samsung do Brasil fabricar algo que você nem imagina

E não se tratam de equipamentos ou celulares mas sim fabricar mais qualidade de vida para uma variedade de pessoas impactadas por projetos sociais apoiados pela Samsung.
Eu já havia notado alguns movimentos diferentes da empresa nesse sentido mas foi em fevereiro num evento organizado pela empresa que eu entendi um pouco mais da visão da empresa nesse segmento. Na época escrevi o texto “Samsung mostra que eletrônico é mais que um amontoado de peças“.
Foi nesse mesmo evento que eu vi pela primeira vez a Andréa Mello, que é Diretora de Marketing Corporativo e Consumer Electronics da Samsung Brasil e que é a pessoa por trás dos movimentos da companhia nesse setor.
E foi então que no começo do mês de junho bem no ápice da greve dos caminhoneiros que consegui marcar um almoço com ela para entender um pouco mais do assunto. E pude ver uma executiva que faz mais do que o processo exige e que tem brilho nos olhos e se emociona ao contar algumas das dezenas de histórias de transformação coletadas pela equipe.
Tem sim muito da visão da Samsung em tudo que é feito, mas dá pra ver que tem muito da Andréa também. Há alguém ali a fim de algo mais, de deixar um legado para a empresa e também para o país.
Nesse almoço de quase duas horas e acompanhado por parte do time de Relações Públicas da empresa pude entender um pouco de tudo que está sendo feito e também da pessoa por trás de tudo isso. Mas como o dedo de prosa rendeu mais que o esperado, ao invés de gravar a entrevista naquele dia, optei por enviar algumas perguntas por e-mail dias depois e o resultado dessa entrevista você verá logo abaixo.
De forma muito generosa em meio a uma agenda nitidamente concorrida ele conta para mim e para você leitor um pouco mais das ações da Samsung na esfera social.
Do que mais chama a atenção e que quero destacar ao leitor é que não se tratam só de ações para constar no balanço social ou de um cheque de dinheiro depositado na conta no começo do ano. A equipe da Andréa se envolve mesmo em todas as atividades e empresta o expertise corporativo de gestão para assumir algumas realizações, inclusive com o apoio de fornecedores.
Não seria um exagero dizer que a Andréa não apenas lidera, mas contamina com uma espécie de vírus do bem sua equipe e todos ao redor: o resultado é uma onda que se espalha e a gente vai acompanhando daqui até onde isso vai dar
E com tantos problemas sociais que o Brasil tem eu quis começar a entrevista justamente por aí… Pegue sua xícara de café quentinho e boa leitura.


Entrevista com Andréa Mello – Diretora de Marketing Corporativo e Consumer Electronics da Samsung Brasil


Andréa o Brasil tem vários problemas sociais, que vão desde os elementares como de saneamento básico, por exemplo, até alguns mais complexos como moradia. A gente vê as ações da Samsung Social e sente uma lógica por trás, um eixo condutor de todas as ações. Quais são esses eixos e como se deu a escolha das frentes em que a Samsung atuaria?
O nosso trabalho de Marketing Corporativo está baseado no posicionamento global da marca, “Do What You Can’t”, que incentiva as pessoas a irem além, em busca de seus sonhos e objetivos. A Samsung acredita no potencial humano e na tecnologia como instrumento para que todos possam fazer o impossível. Esse é o fio condutor de todas as nossas ações.

A Samsung acredita no potencial humano e na tecnologia como instrumento para que todos possam fazer o impossível.

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O Samsung Social está diretamente ligado ao nosso posicionamento de marca, e possui educação e inclusão como seu fio condutor.
Um projeto que temos muito orgulho é o Alfabetização Cidadã – Da digital ao digital, em que 300 colaboradores de cooperativas de descarte de resíduos de 18 a 83 anos são alfabetizados nos locais de trabalho. Com recursos tecnológicos doados pela Samsung e com a metodologia do Instituto Paulo Freire, esses trabalhadores participam do projeto que vem transformando suas vidas por meio de aulas ministradas duas vezes por semana em turmas de até 10 pessoas. Pessoas que não conseguiam ir sozinhas ao supermercado, pegar ônibus, ler uma história para os filhos e netos, vislumbraram um futuro melhor e se engajaram nesse projeto com a Samsung.
Outro projeto bastante importante é o Teatro para Todos os Ouvidos, em que usamos a tecnologia da Samsung em realidade virtual, com os óculos Gear VR, para permitir que surdos e deficientes auditivos vivenciem uma experiência única de assistirem a uma peça de teatro sem a necessidade de serem acompanhados de um intérprete de Libras. Ao olhar para o palco, por meio da realidade virtual do Gear VR, o participante pode vivenciar as emoções do palco com legenda das falas dos atores em tempo real.
Neste ano, temos um novo parceiro, o Instituto Gol de Letra, do ex-jogador de futebol Raí, além de continuarmos as parcerias mais antigas com os Institutos Gabriel Medina e Vanderlei Cordeiro de Lima. Todos esses institutos são mistos e oferecem oportunidades de desenvolvimento como cidadãos e atletas para meninos e meninas.
Temos muitas iniciativas desenvolvidas no Samsung Social e esse movimento continuará.

Todas as iniciativas da Samsung nesse setor podem ser conhecidas no site www.samsungsocial.com.br.

Essa proximidade é algo novo para a Samsung e sem dúvida alguma uma marca forte da sua gestão. A gente vê hoje as ações e imagina que foi um longo caminho entre justificar os investimentos, todas as aprovações e uma normal insegurança em dar os primeiros passos. Como foi essa jornada interna? Quais aprendizagens ficaram?
Desde o ano passado a área de Marketing Corporativo vem trabalhando com bastante ênfase em seus projetos sociais para oferecer benefícios e experiências que vão além da tecnologia e dos produtos da Samsung.  A marca tem as pessoas como prioridade e mostra, por meio de ações concretas, que se empenha em fazer a sua parte.
Tivemos e continuamos a ter muitos desafios, mas, na Samsung Brasil, temos liberdade para trabalhar campanhas e conteúdos que consideramos relevantes para a nossa realidade local.  Posso citar, por exemplo, as webséries “Tech Girls” (igualdade de gênero) e a “É Mais Jogo”(bullying), que foram desenvolvidas pela Samsung Brasil e nasceram a partir de muita pesquisa e envolvimento de toda a equipe, que se motivou para levar histórias relevantes, inspiradoras e que fazem realmente a diferença. Temos aprendido muito com as pessoas, por meio de interações e resultados muito positivos dessas ações.
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Um grande fator de sucesso para conseguirmos desenvolver todas essas atividades foi um propósito claro de marca, estratégia e planejamento, além de muita paixão e engajamento daqueles que trabalharam nisso tudo.  A resposta dos consumidores em mídia social, os milhares de comentários positivos e elogios à marca reforçam que estamos no caminho certo.
A gente pega uma série de vídeos como Tech Girls e não imagina que por trás dessa iniciativa existem outras, tais como, as oficinas de confecção de bonecas para ensinar mulheres em situação de risco a terem uma fonte de renda. Tem então uma campanha que agrega indiscutivelmente valor de marca, mas tem também ações concretas e que mudam a vida de pessoas de verdade. Como é pensar esse tipo de iniciativa com uma visão mais – digamos – holística?
De fato as oficinas para confecção de boneca surgiram a partir da webserie Tech Girls. Dando sequência à mensagem do projeto, que reúne histórias inspiradoras de mulheres que lutam por reconhecimento no mundo da ciência, games e empreendedorismo, passamos a levar para entidades parceiras uma série de oficinas de capacitação dos mais variados temas. O objetivo dessa ação é reunir o público feminino nos encontros e, assim, materializar a proposta de empoderamento de Tech Girls.
As oficinas começaram a ser realizadas em maio no Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima e Fundação Gol de Letra, entidades com projetos patrocinados pela Samsung, e seguirão pelos próximos meses. Estamos convidando para participar dos encontros mães e filhas, assim elas podem ter acesso a aulas com empreendedoras e mulheres de destaque em diversas áreas de atuação, que ensinam novas atividades que possam gerar receita, entre elas marcenaria, produção de bonecas de pano e conhecimentos em som e mixagem (DJ). Mais do que isso, essas atividades mostram que mulheres podem e devem acreditar no seu potencial.  Por isso, todas as oficinas possuem uma parte com conteúdo para inspirar a vida das pessoas para um futuro melhor.

Com a webserie Tech Girls demos o primeiro passo para abordar as questões de gênero enfrentadas por mulheres na área da tecnologia. A Samsung encoraja um mundo mais igualitário em que as pessoas tenham o direito de lutar por seus sonhos e superar seus próprios desafios e, por isso, demos o segundo passo com esse propósito. Nas oficinas levamos mulheres que possam incentivar outras a conquistar autonomia para que possam buscar seus sonhos.
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Eu sei que vocês fazem pesquisas para medir o retorno desse tipo de investimento e acredito que tenham saído alguns bons insights desses estudos. Poderia compartilhar com os nossos leitores o que essas pesquisas têm mostrado para vocês?
Temos tido o cuidado de testar qualitativa e quantitativamente nossas ideias e campanhas de marca para sermos mais assertivos.  Pesquisas mostram que hoje nossos consumidores estão muito mais conectados, informados, exigentes e no total controle dos conteúdos que querem consumir.
Ainda sobre a questão anterior eu imagino que haja um indicador ou uma expectativa da empresa como um todo de algum tipo de mensuração desses resultados dos investimentos na área social. Porém é algo bem intangível, dada a complexibilidade de fatores envolvidos nas ações que vocês têm desenvolvido. É possível medir o retorno dessas ações? E em alguma instância é possível medir esse retorno lá na outra ponta em vendas ou pelo menos awareness de marca?
Sim, é possível por meio do nível de engajamento nas mídias sociais, comentários positivos e imagem da marca após as pessoas serem impactadas pelos nossos conteúdos, por exemplo. Todo esse acompanhamento existe e o fazemos semanalmente, inclusive, para ajuste de rotas se necessário.
Todas as ações que vimos e falamos nessa entrevista estão sob um tema guarda-chuva maior que tem a tagline  “Do What You Can’t”. A gente pode esperar que vocês façam ainda mais do que não é esperado hoje? Temos novidades que podemos adiantar aos leitores?
Sim, dentro do posicionamento “Do What You Can’t” continuaremos a ter uma série de ações até o final do ano. Iremos seguir com os projetos sociais nos Institutos parceiros, e, em julho, formamos a primeira turma do Alfabetização Cidadã. Em breve anunciaremos outros projetos dentro da área, mas ainda não posso revelar quais são eles.

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