Tecnologia | Games | Filmes & Séries | Geek

Veja como os carros inteligentes rastreiam as pessoas

Tenha atualizações em tempo real diretamente no seu dispositivo, inscreva-se agora.

Imagem de Alan Quirván em Pexels

Assim como os celulares não são mais apenas telefones móveis, os novos carros prometem ser smartphones sobre rodas. Repletos de tecnologias, para garantir mais segurança e conforto ao volante, eles podem coletar uma série de dados que os usuários mal sabem.

A grande questão é que essas informações, como localização e hábitos, podem ser vendidas para outras empresas, alimentando o mercado de publicidade e ferindo a privacidade de cada um. Segundo pesquisas divulgadas no ExpressVPN, até que haja uma regulamentação clara sobre essa prática, é importante que os motoristas estejam atentos para preservar a própria identidade.

Como são coletados os dados?

Anúncios

Primeiramente, é importante entender como os carros coletam os dados. Afinal, mesmo sem saber, os motoristas podem não estar mais apenas dando a seta, mas comunicando algo para uma complexa rede de empresas.

Uma das tecnologias por trás da coleta de dados é a telemetria. Ela é representada por dispositivos que podem ser inseridos ou vir de fábrica, e que conseguem ler a forma como o condutor dirige. Por meio da telemetria, é possível saber, por exemplo, a aceleração, a intensidade da frenagem, quando o pára-brisa é acionado e muito mais.

Boa parte das pessoas pode se perguntar o porquê o fabricante ou o próprio motorista iria querer esse tipo de informação. Na prática, esses dados podem ser usados para analisar o comportamento dos condutores e, a partir disso, oferecer seguros com condições específicas. A tecnologia permite separar os motoristas em dois grandes grupos, os bons e os maus, sendo que os primeiros poderão obter desconto no serviço.

Anúncios

Além do mais, os serviços que estão disponíveis no painel, incluindo GPS e rádio, também podem contribuir para a lista de dados. Um aplicativo de localizador pode, por exemplo, enviar publicidade de imóveis em localidades por onde o motorista costuma passar. Não à toa muitos estão sentindo que a propaganda está seguindo eles – porque, de fato, ela ganhou mais inteligência e personalização com a internet.

Quais informações são coletadas?

Existem diversas informações que já podem ser coletadas nos veículos. Estas são as principais:

  • Localização: oferece informações precisas sobre o trajeto dos condutores;
  • Comportamento: frenagem, aceleração e velocidade são dados importantes para determinar se alguém dirige de maneira segura;
  • Dados biométricos: impressões digitais e varredura facial podem ser usados para bloquear e desbloquear o veículo;
  • Câmeras e sensores externos: ajudam a monitorar o ambiente em volta, e habilitam recursos, como prevenção de colisões e auxílio para estacionamento;
  • Reconhecimento de voz: podem rastrear o que o motorista diz;
  • Dados de airbag: podem ser usados para diagnosticar acidentes;
  • Manutenção do veículo: permitem identificar o momento exato de consertar algo para evitar acidentes.

Por que o rastreamento é perigoso para a privacidade?

Como visto acima, os dados rastreados pelos veículos são usados para melhorar a segurança e a condução do motorista. Porém, o monitoramento também tem desvantagens, e a questão da privacidade é a principal delas.

Anúncios

De acordo com estudo da Mozilla Foundation, cerca de 84% dos fabricantes de veículos vendem as informações dos motoristas para prestadores de serviços. Entre os dados estão documentos, dados demográficos, padrões comportamentais e até aspectos financeiros.

Os dados costumam ir para concessionárias, empresas de publicidade, provedores de serviços (que eles não especificam quais), afiliados e muito mais. Porém, não é tão claro o que é feito depois disso, o que gera preocupações quando os motoristas envolvem o que está em jogo.

O compartilhamento de dados é perigoso primeiro porque não se sabe como são usados. Também porque essa prática pode abastecer a publicidade, fazendo com que os condutores recebam cada vez mais comunicação direcionada. Além do mais, é possível que os indivíduos sejam discriminados por informações avulsas que não refletem por completo quem eles são. Sem contar que o aumento da conectividade dos dispositivos, o que inclui os automóveis, tem atraído a atenção de hackers.

Anúncios

Para os condutores, vale a pena adotar medidas que diminuam os riscos, como:

  • Optar por carros de modelos mais antigos e não conectados;
  • Ter cuidado com o que posta nas redes sociais, sobre uma viagem que irá fazer, por exemplo;
  • Adotar soluções de código aberto e que garantem mais controle sobre os dados;
  • Limitar o compartilhamento de dados, já no momento de assinar algum serviço;
  • Desativar o compartilhamento de localização;
  • Manter o software do carro atualizado;
  • Usar uma VPN para se conectar ao Wi-Fi do veículo;
  • Usar senhas fortes e habilitar a autenticação de dois fatores em aplicativos que estejam vinculados ao carro.

Tenha atualizações em tempo real diretamente no seu dispositivo, inscreva-se agora.

Comentários estão fechados.

Esse site usa cookie para melhor sua experiência Aceitar