A CCXP de 2018 foi Excelsior
A frase do icônico Stan Lee talvez seja a melhor para definir o que foi a CCXP de 2018. A gente teve sem dúvidas o evento mais sólido e “mais bem frequentado” por estrelas globais.
É claro que quem faz a CCXP é a comunidade e os quadrinistas e ilustradores, mas as mega celebridades são uma espécie de cereja de bolo e também uma certa forma dos grandes estúdios reconhecendo o tamanho do nosso mercado e a importância do nosso evento na escala global.
Eu nunca fui na Comic Con San Diego mas tenho a impressão que o nosso evento aqui não é bem mais uma Comic Con (em sua essência uma conferência de aficionados por quadrinhos) mas um encontrão de cultura pop, um festival e em última instância uma celebração.
Não tem só o fã raiz ali e isso é muito legal porque mostra o quão democrática que o lifestyle geek pode ser.
Eu senti falta de algumas marcas que sempre estiveram presentes nas últimas edições mas 2018 foi um ano desafiador para o mercado como um todo, principalmente por conta do cenário político que impacta na veia da economia. Em todo caso outras marcas seguraram os investimentos e se mantiveram firmes e o resultado para elas parece ter sido incrível.
Claro que tem sempre uma ou outra marca querendo surfar numa onda que não é dela, mas a própria comunidade vai colocando os aproveitadores de lado.
E eu – seu amigo geek – estive lá em dois dias e conversei com os principais executivos de grandes marcas que estavam lá e visitei vários stands. O resultado desses papos você confere a seguir.
O geek é um baita consumidor
E se tem uma marca que acertou em cheio o gosto do consumidor nerd é a Cadernos Jandaia. A linha geek da marca é impressionantemente cuidadosa. Ali tem gente que sabe o que nós esperamos e acertam em cheio. Tudo que ei vi no stand era lindo e bem feito. Well Done Jandaia.
O consumidor geek brasileiro é um apaixonado. Ele ama suas séries, dá um trabalhão para as marcas, mas abre a carteira quando o assunto é o seu objeto de desejo.
E relacionamento, reconhecimento e principalmente relações com sentimento é algo quem tem sido procurado pelas marcas. É o caso da Fini que ano após ano tem investido no conceito de lovebrand tentando criar uma conexão real e simbólica com os consumidores.
Uma das coisas que chamou a atenção na marca foi o fato de além de balas a marca agora vender até meias e topping para iogurte. “Talvez a gente esteja indo longe demais mas num ótimo sentido: o de colocar a marca num patamar diferente. A Fini vende surpresa, momento e felicidade e o surpreender está em todos os nossos pontos de contatos e inovação faz parte de tudo que a gente faz”, me contou o Luiz Henrique Ferreira que é diretor de Comunicação da marca. E olha lá ele gravando comigo:
E tem personagem mais emotivo que o Bumblebee? Ele faz parte do universo ficcional de Transformers e nessa semana que começa vai ganhar um filme solo. E para já criar conexão com o público, a Hasbro montou um belo stand com algumas ativações envolvendo o personagem.
Além de uma réplica gigante do Bumblebee para que as pessoas tirassem fotos, e totens com dioramas do filme e num ambiente de jogos, área mais nostálgica do estande, alguns clássicos, como gabinetes de fliperama, arcade de basquete e até mesmo uma máquina de garra, estavam disponíveis aos visitantes. E como trata-se de um personagem bem sonoro, o game Justa Dance embalou horas de dança sem fim. Mas qual é a estratégia por trás de cada atividade a importância da CCXP nesse contexto? Quem me respondeu essa pergunta foi o Marcelo Bueno, analista de Marketing Sênior da Hasbro:
“A CCXP é um canal importante de lançamento principalmente para quem ainda não conhece Transformers ou ainda não é fã. E essa conexão vai levar mais gente ao cinema e depois a consumir mais produtos da marca e é justamente isso que a gente busca.”
Sim hoje em dia quando se pensa em filmes também se pensa nos produtos derivados e é claro que a Hasbro é expert nisso.
CCXP para ativação
A CCXP é um excelente espaço para ativar marcas e criar conexões que podem se ampliar para o pós-evento e as marcas deitam e rolam nisso. Sem dúvidas nenhuma nesse quesito a Warner deitou, rolou e fez a cama na CCXP. As atividades mais divertidas e envolventes estavam no stand da marca e para mim foi a melhor presença na área de atividades.
A Disney também levou conteúdo exclusivo mas não seria exagero dizer que o buzz mesmo estava em torno da nova integrante do MCU, a Capitã Marvel.
A Piticas dispensa apresentações ela é realmente uma marca que entende e representa o público Geek como ninguém e num stand gigantesco além de venderem muito, mas muito mesmo, criaram uma área de customização de camisetas e claro tava bombada.
Havia também uma loja temática de Harry Potter e dava até pra comprar uma “varinha mágica”. Coisas de CCXP.
Os jogos de escape são um hype e o Escape Time é um dos que faz as experiências mais ambientadas e geeks possíveis. E eles estavam lá numa ação de co-branding com outra marca expositora.
E claro que games tem tudo a ver com o universo geek. Por isso a equipe de produção de Anthem esteve no evento em uma coletiva para escolhidos a dedo para falar sobre o novo título e dar um gostinho do quem vem por aí. Já posso adiantar ao leitor, o game é lindo e parece ter uma gameplay surpreendente. (não foi permitido tirar fotos do game)
Formar mão de obra para atuar nesse trade do entretenimento é um desafio e por isso o Senac esteve lá mostrando o talento dos alunos em tarefas tais como maquiagem de monstros e zumbis e briga de robôs. Qual nerd não gosta de uma briga de robô?
Uma marca que tenho acompanhado há um certo tempo é Cup Noodles e eu pude conversar com a Danielle Ximenes que é diretora da marca – prova irrefutável disso é que o cartão de visitas dela é em formato de um pote do Cup Noodles. E eu aproveitei para perguntar como tem sido o aprendizado da marca com esse público geek. “O ano de 2018 foi muito bom pra gente: tivemos evento ou campanha praticamente em todos os meses do ano. E a gente nota o aumento do engajamento dos consumidores com a gente. Cup Noodles é uma marca amada – ela não tá lá só pra matar sua fome – mas a gente vê mais amor e conexão com a marca.”, explicou a Danielle que nos atendeu de forma muito gentil na correria que é participar desse tipo de evento.
O coração da CCXP
A área de quadrinhos esse ano tava linda e enorme e ainda bem: um pedido da comunidade que foi prontamente atendido pela organização do evento logo nas primeiras edições. Falei com vários ilustradores e todos muito orgulhosos e felizes em mostrar seu trabalho.
Um deles me disse que nem era pela grana das vendas que ele tava ali, mas pela conexão com o público. A gente falou tanto em amor e sentimento e aqui não poderia ser diferente.
Meio marca, meio quadrinista de raiz o stand da Turma da Monica ( ou Maurício de Souza Produções) colocou seus artistas para fazer ilustrações ao vivo para os participantes. E eu ganhei uma ilustra linda da Crica Monteiro.
E ainda tirei fotos com os personagens fofos da Turma da Mônica.
E qual é a sensação de ter participado de mais essa CCXP?
Ahaa Uhuuu a CCXP é nossa.
E como diria Stan Lee, Excelsior CCXP. Excelsior.
Agradecimentos
Eu aproveito para agradecer demais a assessoria de imprensa do evento por todo o apoio na nossa cobertura do CCXP>.
fotos: Armindo Ferreira e Juliana Cruz
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