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Cabify faz novos investimentos no Brasil e promete mais competitividade

Uma olhada rápida na recém apresentada nova sede da Cabify no Brasil e em poucos segundos você sabe que está numa empresa com o espírito das startups ou com a cultura do “campus” como tem se falado tanto nos EUA.

A empresa aliás é nascida longe do Vale do Silício, especificamente em Madri (Espanha – especificamente na incubadora La Nave: um reconhecido pólo de inovação tecnológica), mas hoje possui operações em diversos países, entre eles, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Panamá, Peru, Uruguai, Portugal e República Dominicana e claro no Brasil onde recentemente incorporou a operação da startup brasileira Easy Táxi. Acima dessas operações está a Holding Maxi Mobility que de acordo com veículos especializados chegou a levantar US 160 milhões numa nova rodada com investidores em 2018.

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O espírito pode ser de startup, mas o negócio é de gigantes e que – apesar da empresa não confirmar, o que é normal nesses casos – tudo indica que a chegada na Bolsa de Valores está cada vez mais próxima.

Investimentos no Brasil

E eu estive em São Paulo para conhecer um pouco mais da operação da empresa, seu novo escritório sustentável e o novo Head da operação Brasileira Pedro Maduna. A empresa também anunciou novos investimentos e uma meta ousada: dobrar de tamanho.

Para isso a Cabify pretende diminuir o custo para o usuário e também diminuir a taxa cobrada pelos motoristas. Mas como a empresa quer crescer diminuindo sua lucratividade? Ganhando escala num mercado altamente competitivo onde o usuário no momento de pedir um carro chega a comparar em cada aplicativo o menor valor, e é nesse hábito do consumidor que a empresa pode ganhar a fidelidade dos clientes com preços mais competitivos.

Micromobilidades e super apps

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Em breve a Cabify deve entrar na briga no mercado “da última milha”, ou seja, dos patinetes, bicicletas (e etcs) com a adição do serviço Movo ao leque de opções fornecidos no app.

Com as marcas Cabify, Easy e potencialmente a Movo estariam caminhando para competir com os super apps (aplicativos que oferecem diversas opções de serviços sob uma única operação)?

O Pedro Maduna me disse que não, mas que eles querem sim oferecer um leque diverso de serviços nesse segmento.

Diferencial na sustentabilidade

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E quando todos os diferenciais falharam a empresa ainda saca mais um da manga: a sustentabilidade, uma vez que eles garantem compensar com créditos de carbono toda a operação de office e de rua. Agora sem dúvidas o desafio é comunicar isso ao usuário final e fazer com que este perceba o valor da atitude em suas escolhas.

Basta uma olhada no trânsito das principais cidades brasileiras para sabermos que mobilidade urbana é problema latente no dia-a-dia das pessoas e consequentemente um mercado cheio de novas oportunidades, e a Cabify parece que tem uma clara noção de onde pretende chegar com forte apelo na sustentabilidade e em preços mais competitivos. Porém a empresa tem pela frente players bem estabelecidos e capitalizados e pode sempre se deparar com alguma inovação disruptiva no setor, tais como carros autônomos ou quem sabe voadores.

Pelo menos a capivara (mascote da empresa e uma brincadeira com a semelhança sonora com o nome da marca) parece saber onde está pisando e onde quer chegar.

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Eu estive em SP a convite da Cabify.

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