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Ei você aí me dá um brinde aí lá lá lá lá

Quase ninguém fala isso abertamente, mas nos corredores o ranço rola solto com os “influenciadores digitais” de moda e beleza. É que começou no dia 8 e vai até o dia 11 a Beauty Fair. Lá os referidos influencers costumam chegar de sacola na mão já perguntando dos brindes, mas nem sempre se preocupando muito em conhecer a marca.
Vem daí o ranço dos assessores que tem que administrar uma leva de “pedintes virtuais” de toda sorte. É claro que eu não tô aqui generalizando, afinal tem muita gente boa atuando nessa área, mas algumas marcas tem dificuldades em separar o joio do trigo numa escala tão grande proporcionada pela Beauty Fair. Mas dizem que há de tudo: gente mal educada, gente que se acha, gente que dá piti. Eu hein…
Ei você aí me dá um brinde aí lá lá lá lá

Mas tem um motivo

Todo fenômeno social tem um motivo e aqui não é diferente. A indústria da moda descobriu um filão certeiro e extremamente barato que é falar com os micronanoinfluenciadores que falam bem de qualquer coisa que ganham sem critério nenhum (mais uma vez não estou generalizando). Assim se a empresa distribui digamos mil batons para “influenciadorxs digitais” que tenham mil seguidores no Instagram cada umx, a marca potencialmente pode falar com 1 milhão de pessoas. Se o preço de custo de cada batom for de R$ 1,00 (to aqui chutando um valor) a marca gastou isso para falar com um público realmente grande. É um negócio da China.
E nisso o mercado da moda e beleza faz bem: usar quem se deixa ser usado para fazer propaganda barata. E tome brinde. Mas vale também uma tacinha de proseco ou uma plaquinha pra fazer boomerang no Instagram.

Causa e consequência

Então o mercado hoje reclama, mas tira um bom proveito do cenário. Azar das centenas de pessoas que vão se “influenciar” simplesmente porque alguém ganhou um sampling, mas que nem sempre o produto é bom, só caiu na mão de alguém deslumbrado.