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Bastidores da nossa cobertura da BGS (Brasil Game Show) 2017: o que você não viu

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Já é o quarto ano que faço a cobertura da BGS – Brasil Game Show – um dos principais eventos desse segmento em toda América Latina. Junto com a CCXP é uma das principais coberturas anuais do blog.
E no caso da BGS é um dos eventos mais chatos de cobrir. Não pela organização do evento e pela assessoria que todo ano dá exemplo de organização e atenção comigo. O problema são algumas as marcas expositoras da feira. A maioria delas extremamente truculenta, nariz empinado e tem um certo ar de “não precisamos de vocês”. Sim são arrogantes.
Prova disso é a praticamente ausência de assessores das grandes marcas na sala de imprensa e pouquíssimos press-releases nos displays. Diferente de outros eventos desse tipo em que os assessores praticamente laçam os jornalistas e produtores de conteúdo, aqui é capaz de você apanhar de segurança do stand só porque você pediu para falar com a assessoria de imprensa. Tô exagerando? Dá uma olhada nesse post do Blog HC no Ar de 2015.
Isso aconteceu comigo também em 2016 com uma empresa grande aí que tem foco em transmissões de games. Mesmo tendo marcado entrevista com a assessoria e ter sido chamado pelo WhatsApp eu quase apanhei de um segurança e ainda fiquei plantado na porta esperando. Depois de dez minutos eu fui embora e nunca mais dei nada da marca, mesmo recebendo releases semanais. Esse ano veio o mesmo e-mail perguntando se eu iria no evento e se queria fazer alguma coisa com a marca. E eu disse que iria, mas que não faria nada com eles. Deles você não verá nada na nossa cobertura, mas se você procurar no youtube verá que não mudou muita coisa e que uma marca que leva somente números como critério de corte não deve ser muito levado a sério.

Mas a gente aprende né?

Um dos maiores aprendizados que eu tenho tido nesse anos de Blog é separar o joio do trigo e entender a marca que é séria e que quer manter um relacionamento com o pessoal que te acompanha ou aquela marca aproveitadora que só quer garantir uma mídia espontânea.
Assim esse ano eu simplesmente me blindei disso e a minha cobertura foi linda e como eu fiz isso? Acertei antes com os assessores que já me relaciono anteriormente e deixei as entrevistas marcadas com horário e local. No meio do caminho conheci umas pessoas legais e que também renderam boas entrevistas e um bom material.
Pelo primeiro ano não passei nervoso na feira porque eu parei de ser tonto de marca esnobe. Simples assim.
E acho que esse é o meu principal aprendizado nos últimos anos: focar no que é legal e simplesmente ignorar quem não tem uma vibe boa e que não merece você por perto.
Mas se um dia a marca se envolver num problema de crise de imagem ou que precisar mostrar um relacionamento mais próximo não pode reclamar de ser uma marca distanciada das pessoas. E aqui não estou falando de uma, mas de várias que são assim.
E volto a repetir como minha opinião e assumo total responsabilidade sobre ela:

Não adianta a marca ter um stand grande, com design lindo e achar que já tá fazendo um favor pras pessoas

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Vocês não estão fazendo um favor, vocês estão devolvendo parte do que o público investe em vocês. O brasileiro investe muito quando os consoles são lançados, quando o game chega, quando o acessório é lançado. Então vocês tem obrigação de estar perto das pessoas e de devolver um pouco para os fãs o que vocês recebem.
E sejam mais educadas com quem está trabalhando. A pessoa que está com crachá de imprensa está fazendo seu trabalho. “h mas tem gente ruim que só fica pedindo brinde mimimimI”, de fato tem. Mas não precisa colocar todo mundo no mesmo saco e nem ser mal educado. Há jeitos e jeitos de lidar com isso tudo.

Pelo menos os bons exemplos pipocaram

Como não amar a fala do diretor de marketing da RedFox Games que não só reconhece o carinho que tem com os pequenos youtubers que adotaram o game Black Desert Online e fez questão de levar esses produtores para o evento?  Tem mais detalhes disso aqui.
Ou da CD Projekt Red que semanas antes da feira fez uma agenda para uma coletiva que você podia escolher o horário e se inscrever. No dia e horário combinados a coletiva começou com bom conteúdo, novidade de fato e a possibilidade de falar com os principais nomes da empresa. O que foi falado nessa coletiva você confere aqui. Foi uma aula para diversas marcas de como deveria ser.
Também preciso destacar aqui a equipe de comunicação da Acer impecável no atendimento, na fala do porta-voz e na qualidade das informações apresentadas. Eu pude até adiantar algumas novidades paras 2018 nessa entrevista. E aí quero destacar ao leitor a diferença entre ter um discurso de proximidade e de fato ser próximo. Entre vender uma coisa e entregar outra. A Acer diz querer estar perto das pessoas e posso garantir de fato está.
Outras duas marcas que eu não tinha nenhum relacionamento mas que renderam bons papos e um excelente atendimento foram a Piticas e a Fecap .
E não poderia deixar de destacar a presença da Vivo que tinha espaços muito bem organizados e com grandes lançamentos para de fato ficar de perto da comunidade. Tudo que tinha a marca Vivo era bem feito e bem organizado. Lindo de ver.
Vale também uma menção honrosa para área Indie que não só tinha vários stands como também muita coisa legal e alguns até com um tamanho bem maior do que eu imaginaria. E que felicidade ver o cenário brasileiro aumentando de tamanho.

E o Youtube Gaming?

O que mais chamou a atenção e que eu achei que repercutiu muito pouco foi a ausência do Youtube no evento. Eu sei que são stands comprados e quem nem sempre as negociações comerciais rolam, mas é muito, muito estranho uma empresa que tinha um stand de mais de 800m2 em dois anos consecutivos simplesmente tenha sumido nesse ano.
Além disso muita gente junta dinheiro o ano todo para estar na BGS para ver seus Youtubers de games preferidos e aí só alguns estiveram lá a convite de marcas, mas hey Youtube, muito estranho hein, muito estranho…
Querido leitor tome muito cuidado com as empresas que só querem uma via no relacionamento e não caia no discurso dessas empresas. Veja na prática o que elas andam fazendo de relacionamento concreto e desconfio de discursos vazios.

Grandes salas de imprensa trazem grandes responsabilidade

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Eu já digo isso de forma pública há anos, a empresa Rosa Arrais que faz a assessoria de imprensa do evento é uma querida. Mesmo quando meu blog era muito pequeno eu sempre fui credenciado e sempre fui muito bem tratado pela empresa e pela BGS.
E a infra é muito bacana. Tem lugar para trabalhar e descansar e esse ano teve até cadeira de massagem. Eu fui em dois dias do evento, na quinta dia 12 (feriado) e no sábado 14.
Na quinta estavam sendo distribuídos refrigerantes e Cup Noodles (aquele macarrão instantâneo do pote). Mas era um horror. Assim que chegava o refrigerante tinha fila para pegar e não durava nem um minuto e o tal do macarrão tinha gente que juntava pra estocar. Isso sem contar o lixo em cima da mesa que a pessoa tomava uma lata de refrigerante ou um copo de café e não tinha a moral de pegar o negócio e jogar no lixo. Ô gente aí não pode né?
Se foi por isso eu não sei, mas o fato é que no sábado só ficou suco, água e café e eu acho que tem que ser assim mesmo, já que o pessoal não aprende viver de forma coletiva e aproveitando de uma forma consciente o que tem.
Muita gente ali, como eu, tá trabalhando mas infelizmente tem uma galera que é só pelo oba-oba mesmo e que sim atrapalha quem quer fazer um trabalho sério.
E ahhh pontos mil para a querida Fini que de tempos em tempos saia distribuindo umas balinhas para galera. Por vários momentos no meio do cansaço era uma alegria ganhar umas balinhas. Valeu Fini o/.
 
 

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