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5 perguntas para Cristiano Soares – country manager da Deel

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O Cristiano Soares é country manager da Deel, possui mais de 15 anos de experiência em Sales & Marketing, com atuação em grandes empresas/startups nacionais e multinacionais em setores como finance, beleza e bem-estar, mídia online e saúde. É Co-fundador e Ex-CEO da Vaniday, adquirida pelo grupo Rocket internet em 2015, que foi expandida para mais sete países.

Atualmente lidera a expansão da Deel –startup global fundada no Vale do Silício, mas 100% remota- no Brasil, ajudando na desburocratização de pagamentos para times remotos em praticamente qualquer lugar do mundo.  A empresa, que já atendeu 70% das startups unicórnio brasileiras.

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Cristiano também é speaker, advisor e fala sobre o mundo dos negócios, trabalho remoto, qualidade de vida, empreendedorismo e startups.

E por ser um protagonista do novo momento do mercado de trabalho globalizado eu fiz 5 perguntas para ele.

5 perguntas para Cristiano Soares.

Blog do Armindo – O trabalho remoto não é novidade, mas parece que a pandemia acabou mostrando a viabilidade dele em escala, com isso foi um passo natural para que as barreiras globais caíssem. Hoje trabalhar para outro país sem sair de casa é uma realidade?

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Cristiano Soares – A flexibilidade e a autonomia para trabalhar de onde quiser e da forma que achar melhor é o que vem encantando cada vez mais pessoas. Não à toa, antes do isolamento social obrigatório, gerado por conta da pandemia da Covid-19 ao redor do mundo, o trabalho remoto era apresentado como um diferencial competitivo para atração de talentos. À época, as oportunidades de emprego que ofereciam este benefício se destacavam das demais. Enquanto isso, crescia o número de pessoas que aderiam ao “nomadismo digital”. O que antes começou como um benefício, está se tornando cada vez mais uma prática de mercado..

Para os funcionários, uma das maiores vantagens do trabalho remoto é o poder de escolha. É o profissional quem decide o que fazer, como fazer e de qual lugar quer fazer. Os resultados que entrega são mais importantes do que o lugar em que se trabalha. Para os empregadores, a flexibilidade é definitivamente uma das melhores maneiras de atrair e reter os melhores talentos, além de poderem distribuir melhor a responsabilidade pelo resultado, e, claro, a tecnologia desempenha um papel fundamental para ajudá-los a gerenciar equipes remotas ao redor do mundo.

BA – Por outro lado eu imagino que isso trouxe uma outra camada de desafio para as empresas, eu penso aqui, por exemplo em segurança de dados, que sai do controle rígido do TI de dentro dos muros das empresas e vai para pessoas ao redor do mundo. Como as empresas estão lidando com esses desafios? Poderia nos citar outras preocupações?

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CS – De fato, a pandemia fez com que as empresas tivessem que mudar seus protocolos para garantir a   segurança de suas redes para os funcionários em trabalho remoto. Muitas adaptaram suas equipes e investiram em segurança para garantir que vazamentos, ataques e falhas sejam evitados. Além disso, muitas outras ferramentas de segurança chegaram ao mercado para suprir essa demanda por redes mais robustas e seguras. Esse é um movimento que deve permanecer, já que, por outro lado, o número de ataques cibernéticos também aumentou. O combate ao cibercrime deve ser prioridade de qualquer empresa, em qualquer formato de trabalho, já que os atacantes têm desenvolvido ferramentas cada vez mais sofisticadas para todos os tipos de alvo, tanto trabalhadores presenciais como remotos. É importante salientar, ainda, que quando falamos em segurança – principalmente em um ambiente corporativo – sempre precisamos entender que todo o cuidado é pouco, que é necessária uma constante revisão e adaptação nas formas de se oferecer uma plataforma de contratação mais segura.

BA – A Deel acaba tendo que lidar com questões multiculturais que vão além do processo de contratação, como é isso internamente para vocês?

CS – Na Deel entendemos que se as empresas querem acessar os melhores talentos, fronteiras devem ser quebradas. Operar em 150 países com certeza é um desafio, precisamos entender as políticas trabalhistas locais de cada país, o contexto e até mesmo as suas particularidades. Para isso, contamos com mais de 200 parceiros jurídicos em todo o mundo, que estão constantemente antenados às atualizações mais recentes. Esta é uma das principais razões pelas quais nossos clientes confiam em nós.

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Mas também temos esse desafio dentro da nossa própria equipe,  que é composta por 1300 pessoas de mais de 85 países. A comunicação aqui é fundamental e nesse sentido contamos com diferentes ferramentas e dinâmicas para criar uma cultura unificada e de confiança entre nós.

BA – Temos visto muitas discussões sobre o modelo presencial x o remoto ou híbrido. Como o senhor vê essa discussão? O volume de oportunidades globais tende a aumentar? 

CS – A transformação do mercado de trabalho simboliza uma oportunidade, pois abre uma porta até então pouco explorada para a felicidade profissional: a liberdade e a flexibilidade. Dito isso, tentamos não entrar na discussão tão definitiva sobre um trabalho 100% híbrido ou remoto – dado que cada um deles tem suas particularidades, vantagens e desvantagens, de acordo com a necessidade e estratégia de cada organização. No entanto, o que podemos garantir é que o trabalho remoto funciona para muitas indústrias e tipos de empregos, e a Deel é o melhor exemplo para provar isso, como uma equipe descentralizada e assíncrona de 1300 pessoas alcançamos um crescimento . Enfim, a tecnologia hoje está do nosso lado nesse sentido e temos que aproveitar todos os benefícios que ela nos traz. Os números falam por si, vemos uma tendência crescente em termos de contratação internacional em um contexto de oportunidades globais.

Enfim, a tecnologia hoje está do nosso lado nesse sentido e temos que aproveitar todos os benefícios que ela nos traz. Os números falam por si, vemos uma tendência crescente em termos de contratação internacional em um contexto de oportunidades globais.

Cristiano Soares
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BA – O senhor poderia compartilhar conosco algumas dicas para um profissional brasileiro que queira atuar no mercado exterior?

CS – Com a consolidação do trabalho remoto e do avanço contínuo das ferramentas de comunicação, está cada vez mais fácil colocar em prática a decisão estratégica de contratar colaboradores de outros países e seus candidatos. Por isso, antes de aceitar qualquer proposta de emprego em outro país, há quatro pontos essenciais que devem ser considerados: 

  • Faça um registro em plataformas de emprego. A internet possibilitou a criação de laços e de conexões entre pessoas e entre sonhos. Hoje não é mais necessário se mudar para outro país atrás de uma oportunidade de trabalho. É possível utilizar plataformas online para encontrar trabalhos freelancer e até contratações fixas para diversas áreas de atuação, cargos e níveis de experiência. 
  • Insira o inglês na sua rotina. Parece uma dica básica, mas, ainda assim,  essencial. O inglês é quase uma obrigação para ter acesso a uma vaga em outro país. Por isso,  assista filmes sem legenda, escute podcasts e leia textos em inglês. Se possível, treine com um amigo ou familiar que também fala inglês. Peça para que ele te faça perguntas como “Por que você quer sair do seu emprego atual?”, “O que fez com que você se interessasse pela nossa empresa?”, “Quais suas maiores qualidades e defeitos?”. 
  • Conheça as condições de trabalho. Uma vez que definir qual será o seu emprego, certifique-se de entender como o relacionamento com o empregador será formalizado, como você receberá seu pagamento, em qual moeda, benefícios, entre outros. 

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