Ir para o conteúdo

Robôs, seres humanos e audiência fake no universo dos influenciadores digitais

Eu praticamente vi o Digitalks crescer e não só isso vi vários nomes que sempre admirei no palco principal do evento. Ano passado eu já tinha coordenado um palco e esse ano fui convidado para ser o mediador e curador de um dos principais conteúdos do palco principal com a Nay Ruiz do Bradesco  e o Ariel da Celebryts. No papo falamos sobre mineração de dados e microinfluenciadores.

Então teve um simbolismo especial este ano estar lá com o auditório lotado falando sobre um dos temais mais hypes do momento no universo digital e com dois grandes players desse setor.
No papo falamos sobre os desafios das grandes marcas migrarem do modelo convencional para um modelo mais pulverizado onde a influência pode estar em cada pessoa e também dos desafios dos algoritmos de mineração de dados apontarem precisamente qual é o melhor influenciador para cada caso.
Numa escala maior é um cenário complexo e cheio de variáveis e que nem sempre é muito científico. Mas em comum acordo nossos painelistas tinham algo: o correto casamento entre ferramentas digitais que facilitam uma mineração de dados prévias com o relacionamento olho no olho. Conhecer o influenciador contratado seus valores e crenças. É nesse binômio que parece estar o segredo do sucesso nos desafios apresentados.

Mineração de dados é o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes, como regras de associação ou sequências temporais, para detectar relacionamentos sistemáticos entre variáveis, detectando assim novos subconjuntos de dados.

Audiência fake

Como o tema da semana pareceu ser a compra de números fakes por influenciadores (e que eu já tinha escrito sobre em janeiro desse ano). E todos concordaram que esse fenômeno não afeta nem preocupa quem realmente faz um trabalho sério de mineração e relacionamento com influenciadores.
Sobre o tema eu já tinha falado no meu Facebook na semana passada:

Que horror influenciadores que manipulam números essa ~escória~ do universo digital.
Que bom que estamos falando sobre audiência fake.
Mas a gente precisa começar do começo pra não parecer que é pegação no pé da internet.
Como é feita a medição no rádio e como podemos garantir que 100% das pessoas estava ouvindo a rádio naquela hora do comercial ?
Quantos jornais impressos e revistas não tem tiragem auditada pelo IVC? Qual é o tamanho do encalhe? Quantas pessoas pulam o anúncio e vêem o horóscopo ou os quadrinhos?
Que o Ibope em tempo real é medido só nas capitais e que mesmo assim tem gente que levanta pra ir ao banheiro bem na hora do comercial.
Quem liga a TV só pra ter um barulho é uma audiência fake?
Quer falar de internet ? Vamos falar de portais que usam auto refresh pra inflar audiência?
Não quero dizer que é certo manipular números. Só queria dizer que a discussão é mais ampla e importante.
Acho que aí temos um bom início de conversa.

É um cenário novo e que não há atalhos e as práticas ainda estão sendo desenhadas e claro com desafios enormes para todos os lados, mas pra onde quer que eu olhe a palavra relacionamento aparece em destaque. E parece mesmo ser o caminho a ser seguido.

Agradecimentos

Quero aproveitar e agradecer ao Flávio Horta e a Gabriela do Digitalks, ao Marcelo e Nay do Bradesco e ao Ariel da Celebryts pelo momento tão bacana que tivemos no evento e com uma discussão não só de alto nível como que conseguiu trazer um novo olhar onde a gente vê muito mais do mesmo.