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Um dia vendo e falando sobre negócios da BGS 2018

Enquanto a maioria dos veículos e visitantes da BGS vai em busca da chance de conhecer o novo game do momento ou ainda ter um contato com seu youtuber ou streamer favorito, eu vou para falar com os executivos e entender um pouco mais sobre os movimentos desse setor econômico: um dos que mais cresce no Brasil.
Se ainda há uma dificuldade sobre números específicos desse setor bastava andar nos corredores do evento no sábado para entender esse movimento econômico. Era até difícil de andar de um stand para outro em alguns momentos
Eu estive em dois dias lá. Na quinta-feira eu falei com Razer, Black Desert Online, Samsung, Piticas e pude visitar um espaço especial da Nintendo.

Andando pelo sábado na BGS

Minha primeira parada foi no stand da Pichau – conhecida marca de vendas de computadores gamers – para conversar com o Alfredo Heiss, que é especialista em hardware e porta-voz da AMD no Brasil. Os processadores da empresa estão no coração de vários computadores e consoles. E como estávamos num evento gamer eu pedi para que ele comentasse um pouco mais sobre esse setor da economia. “Antigamente era considerado um nicho e hoje virou um mercado a parte. Como canal a gente tá falando quase 40% das máquinas focadas nesse segmento –  desconsiderando o mercado corporativo. O cliente dessa área é muito ligado no valor agregado, seja para os PC´s mas também para os acessórios e processadores high-end. A AMD desenvolve tecnologia e quer dar suporte de forma próxima do consumidor: não é a toa que os nossos processadores AMD Ryzen são reconhecidos como o melhor custo-benefício do mercado”, explicou Heiss
E por falar em acessórios foi muito bacana dar uma passada no stand da SteelSeries e foi uma surpresa agradável falar com o Jean Claude Egami sobre a marca. Eu já tinha ouvido falar dos acessórios da companhia mas nunca tinha prestado atenção com calma na marca e a demonstração que eu tive lá me surpreendeu. Mas a novidade mesmo é a operação no Brasil, com um site já totalmente localizado em português e a vontade de estar mais próximo do público brasileiro. “Comprou produto da marca e deu problema? Eu troco, ou seja, eu dou o melhor suporte para estar sempre junto com o nosso cliente.  E não se trata só de proximidade, mas também de troca de experiência, porque o meu objetivo é também fazer com que as pessoas percebam a qualidade da SteelSeries”.

Qualidade e alta performance não faltaram no Stand da Rawar, A empresa é focada em PCs Gamers de alto desempenho e levou uma belezinha para a BGS no valor de R$ 49.999,00. E pensa que era só para demonstração? Que nada, enquanto o Luciano Barbosa – Engenheiro da RAWAR – me dava entrevista tinha um pai levando uma dessa para dar de presente pro filho. Aquele pai gamer que você respeita. Mas por que a empresa resolveu levar esse tipo de PC para a BGS? O Luciano tem a resposta. “Ano passado a Rawar lançou sua marca na BGS de 2017 e sentimos um crescimento grande de clientes que buscam uma máquina premium – aquelas de deixar qualquer um de queixo caído. Não tem segredo, você vê algumas empresas enxugando o hardware para deixar mais barato, mas vai ter uma perda de performance. A gente não abre mão da qualidade”.
A empresa levou influenciadores digitais de peso, como por exemplo, a Josi Gamer que fez várias interações com os visitantes.

Vários outros stands contaram com profissionais já conhecidos do universo gamer, como por exemplo, a apresentadora de TV especialista em games Claudia Carla Ferreira que comandou diversas atrações de um dos expositores.

Do tradicional ao novo, a BGS é democrática

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Como não enfartar de saudades ao ver um stand de Magic na BGS. Agora com sua versão digital Magic: The Gathering é um convite para a nostalgia. Era bonitinho ver os pequenos espalhados pelos computadores jogando, mas os papais também felizes em apresentar uma novidade das antigas, mas numa nova roupagem. Mas as cartas ainda estão firmes e uma coisa tem impulsionado a outra. A Carolina Moraes, coordenadora de comunidade da Wizards of the Coast no Brasil, me contou que muitas crianças estão conhecendo as cartas pelo jogo e que alguns decks físicos podem liberar conteúdos no game digital. É um tudo junto e misturado muito bom. “A gente tá passando por um processo de transição muito importante na empresa e quando a gente vê a galera mais novinha jogando é muito emocionante. A gente tem muito orgulho, o  Magic: The Gathering é apaixonante, por isso estamos trabalhando com criadores de conteúdo e streamers enquanto estamos num beta aberto e a nossa intenção é entrar no competitivo cenário de eSports.” Falou e disse Carolina!

E enquanto uma marca consolidada trilha seus novos caminhos digitais outras estavam lá buscando seu espaço no corredor Indie. Desenvolvedores, entusiastas e apaixonados tentando lançar seus games num mercado onde o poderio financeiro dos grandes estúdios impera. Há sim ainda muito o que evoluir para o cenário de desenvolvimento brasileiro e os desafios são os mesmos que outros setores passam. E foi muito legal visitar uma dessas empresas e falar com o Mario Silveira, fundador e CEO da 2AXION, que publica o game Triggerun – game que tem uma dinâmica parecida com o Overwatch, mas com um cliente extremamente leve e que PCs não tão parrudos conseguem dar conta do recado. E eu quis entender dele um pouco mais desses desafios e da escolha de lançar um game mais acessível, em se tratando de equipamento pra rodar. “As pessoas que estão sentando e jogando nos dão um feeback bem positivo. E ele foi feito para popularizar, para que mais pessoas possam jogar. Vimos também muitas crianças jogando sem se preocupar com uma competitividade muito forte e também as meninas estão gostando bastante do gameplay – que roda até em acessos de internet mais modestos. Estamos bem empolgados”. E da feira já saiu até proposta para parceria com acessórios com naming do game. Prova concreta que apesar dos pesares o mercado vai caminhando e quem sabe ano que vem a  2AXION já não desbrava outros territórios?
No final das contas a BGS é assim, das grandes, das pequenas, do pro-gamer e do gamer casual. É até meio difícil explicar essa pluralidade do evento que não a toa já é o maior da América Latina nesse segmento.

Cobertura independente

O Blog do Armindo esteve lá em dois dias com sua cobertura independente e mais de 17 entrevistas e pelo menos uma centena de horas dedicadas a levar a você uma experiência diferente do universo dos games.
Mais que jogos, o universo gamer virou estilo de vida e um possível vetor de desenvolvimento econômico para o país, mas a variação cambial e a falta de políticas específicas para todo esse trade são desafios para empresas de diversos tamanhos e todas elas com um único objetivo: fazer um good games com os consumidores brasileiros. GG BGS que 2019 tem mais.

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